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Arrependimento. Por Luis Eduardo de Pesce Arruda

Coronel Luiz Arruda
Ultima atualização: fevereiro 26, 2025 3:02 pm
Por Coronel Luiz Arruda 9 leitura mínima
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Normalmente, a família é o nosso porto seguro, o lugar onde nos fortalecemos e encontramos a paz. Digo normalmente, porque há, sem dúvida, famílias disfuncionais, com membros opressores, agressivos, abusadores. Mas, de maneira geral, o ser humano bem que tentou – quer em Esparta, quer sob o nazismo, quer sob o comunismo, separar as crianças mais talentosas para fazer delas filhos do Estado. O tempo mostrou que, com todos os seus problemas, não há núcleo mais adequado para cuidar com amor, transmitir valores e amparar as pessoas, quando a saúde lhes falta ou a vida lhes prega peças ou lhes dá tombos – como a família.
Tive a ventura de conviver com pais e avós fantásticos, com irmãos, primos, tios e cunhados que sempre me trouxeram orgulho e alegria.
De tudo, me arrependo de uma coisa. Não ter levado meu pai assistir ao Frank Sinatra.
Meu pai, o velho Dito, amava música. Foi ele quem, tocando violão, me despertou para o instrumento. Foi ele quem presenteou minha irmã Ligia com um violão notável. Por vezes, ela, adolescente, mostrava inusitada generosidade para com o chato do irmão mais novo e me permitia arranhar as primeiras notas naquele primor, desenvolvido pelo seu Romeo Di Giorgio.
Quando eu tinha nove anos, meu pai comprou, na banca de jornal do seu Michel Feres, o primeiro número da coleção “Grandes Compositores”, da editora Abril. Quando vi o conjunto branco sobre o sofá, aproveitei que meu pai tinha ido trabalhar e mergulhei de cabeça na leitura da vida torturada de Ludwig Von Beethoven. Reverente, peguei o disco que compunha o conjunto e coloquei na vitrola. Depois de ouvir a Quinta Sinfonia, Opus 67, nunca mais fui o mesmo.
Os sons me falavam de tempo, do enfrentamento às adversidades, da resistência para buscar seu ideal. E sem usar palavras. Ouvi e tornei a ouvir várias vezes, aumentei o som do equipamento até minha mãe chegar e me mandar brincar lá fora, acabando com a festa.
Sempre próximo à música, ao degustar seus LPs sentado em sua cadeira na sala, meu pai acabou, talvez involuntariamente, a me ensinar a gostar de B.J. Thomas, de Ray Charles, da Banda de West Point com as marchas de Souza, de Charles Aznavour e da orquestra de Burt Bacharach. E, sobretudo, de Frank Sinatra.
Em 1980, eu estava em férias em Araras quando meu pai me convidou para ir com ele até Espírito Santo do Pinhal, para buscar um documento da faculdade de Direito. Fomos em seu Fusca, em um momento de profunda interação pai e filho.
Ao transitar pela rodovia arborizada, próximo a Aguaí, meu pai ligou o rádio do carro. Foi ali que, surpresos, escutamos, pela primeira vez, “Tiro ao Álvaro”, com Elis Regina e Adoniran Barbosa. Nós nos deleitamos, rimos muito, falamos sobre a genialidade de Elis e de Adoniran. Foi um momento único em nossas vidas. Naquele momento, ele era meu amigo mais velho, e eu soube o quanto o amava.
No começo daquele ano, entre 22 e 25 de janeiro, Frank Sinatra se apresentou pela primeira vez no Brasil, cantando no Rio Palace. Em 26 de janeiro, uma noite chuvosa que deixou o público de 175 mil pessoas em suspense até o último minuto, Frank Sinatra cantou no Maracanã. Arrasou. Assim que desceu do palco, a tempestade desabou. Ele sorriu e gracejou:

  • Viram como Deus é nosso amigo? Parou de chover…
    Meu pai fez um comentário aparentemente casual, que revelou um sonho e me calou fundo:
  • Puxa, como eu queria assistir o show do Frank…
    Entre 13 e 16 de agosto de 1981, no recém-inaugurado Maksoud Plaza – à época o mais elegante hotel de São Paulo – Sinatra retornaria ao Brasil para se apresentar para uma plateia de apenas 700 pessoas por noite, no sofisticado 150 Night Club.
    Ver Sinatra tão de perto faria dessa série de shows o evento do ano em São Paulo.
    Tentei me informar sobre o valor do ingresso. Uma fortuna: algo como sete mil e quinhentos reais em valores aproximados de hoje.
    Eu, aluno oficial da Academia do Barro Branco, ganhando ajuda de custo, desisti da ideia. Não falei nada, mas não presenteei meu pai com o ingresso, que lhe traria uma das grandes alegrias de sua vida.
    Agosto chegou e, nas quatro noites em que esteve em São Paulo, Sinatra subiu ao pequeno palco às 23h. Porque às 21h iniciava-se o jantar. Quem compareceu ganhou, também, um catálogo com um compacto.
    Comandada pelo maestro Vincent Falcone, a orquestra acompanhou Sinatra, em um “pocket” intimista, cantando suas canções que não poderiam faltar, como “Strangers in the Night”, “I’ve Got You Under My Skin”, “My Way” e “New York, New York”, entre outras, durante os 75 minutos de apresentação.
    Encerrada a série de shows, Sinatra embarcou em um helicóptero para o aeroporto de Congonhas. Seria a última vez que o Brasil ouviria Frank Sinatra ao vivo. E meu pai nunca teve essa oportunidade.
    Hoje, em me arrependo. Deveria ter feito um empréstimo, me virado, e levado meu pai ao Maksoud para assistir Frank Sinatra.
    Mas nossos erros somente servem para nosso aprendizado.
    Prometi a mim mesmo que nunca mais isso iria acontecer.
    Estava estudando na França, com bolsa quase monástica. Poupei o que pude, fiz empréstimo no Banco do Brasil e na COOPMIL por telefone e levei a Marcia para lá.
    Racionalmente, não deveria ter feito várias viagens com a família. Mas fiz. A última delas, com a Marcia e o Lucca para João Pessoa.
    Não sei por quanto tempo teremos saúde para viajar, E nem quanto tempo de vida nos resta. E os filhos ficam adultos, batem asa como aves, vão estudar e trabalhar fora, constituem família e alguns sonhos de viver experiências em comum ficam para as calendas.
    Por isso, CARPE DIEM.
    Como diria Mario Quintana, o tempo é invenção da morte. E, na vida verdadeira, basta um momento de poesia para vivermos nele a eternidade inteira.
    Apareceu a oportunidade? Não hesite, não permita que o medo, a prudência, as dores que vêm com a idade, te impeçam de viver.
    Viaje, ame, deguste experiências e comidas exóticas. Surpreenda-se. Leve as pessoas queridas com você. Brinque, não se leve a sério, deixe que riam de você. Conheça pessoas diferentes, vista trajes típicos, ande de camelo no Cairo, de elefante na Tailândia ou de bodinho em Poços de Caldas, perca o fôlego diante da grandiosidade dos encantos do mundo, dos cânions do Xingó ou do Colorado, dos rios, dos glaciares, dos desertos, dos oceanos em fúria, das cataratas e cachoeiras, do céu do sertão e da aurora boreal. Reconheça Deus na perfeição de cada mínima maravilha, pois Deus, seguramente, está nos detalhes.
    E pague depois, do modo que puder.
    Dinheiro vai, dinheiro vem. Em um dia comemos camarão, no outro pão e banana. Isso não quer dizer nada. Mas momentos vividos, são somente esses momentos que assistiremos no último filminho, que dizem resumir nossa vida, e que, em um flash, degustaremos, quando chegar a nossa hora de partir.

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