O Brasil entrou numa grave crise econômica, que é muito maior que uma marola, mais apropriadamente, pode ser comparada a um tsunami. Milhares de empregos foram varridos; já estamos com 13.000.000 de pessoas desempregadas. Ao ser dispensado, a primeira coisa a fazer é preparar currículo e enviar para o maior número possível de departamentos de RH ou agênci as de empregos. Como a concorrência é ferrenha, para levar vantagem sobre outros candidatos mais preparados, alguns usam a estratégia de anabolizar o curriculum vitae. Podemos comparar essa atitude ao famigerado #jeitinhobrasileiro, bem definido na propaganda de uma marca de cigarros da década de 70, onde o ex-jogador Gerson dizia: “O importante é levar vantagem em tudo, certo?” A regra é a seguinte: “O que não for bom para minha reputação eu não conto e o que me falta eu invento”. Após conversar com diversos profissionais habituados a analisar currículos e entrevistar candidatos à vagas de empregos, passo a listar os principais problemas: Diplomas e certificados falsificados; criação de currículo fantasioso que se adapta &ag rave; vaga pleiteada, normalmente apresentando falsa experiência na área; relação de cursos nunca feitos ou iniciados mas não concluídos; fluência em idioma estrangeiro, quando realmente conhece somente meia dúzia de frases; apresenta-se como candidato com Carteira de Habilitação, mas esquece de comunicar que está com a CNH suspensa ou até cassada e etc. O certo é que uma hora a verdade será revelada e, normalmente, acontece depois de o candidato mentiroso ter conseguido a vaga. A mentira quando descoberta precisa ser repreendida e corrigida. E o primeiro passo é a demissão por justa causa em razão da(s) falsidade(s) apresentada(s) no currículo ou na entrevista de emprego. Não quero dizer que qualquer mentira ou omissão no currículo possa levar a uma demissão por justa causa. Entendo que a quebra de confiança ocorre quando a i nformação inverídica influencia diretamente no cargo a ser ocupado.