A Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro aprovou a criação do “Dia da
Cegonha Reborn”, em homenagem às artesãs que produzem bebês Reborn,
sim, aqueles bebês ultrarrealista que passaram, graças a divulgação mediática,
e, diga-se, graças aos internautas que seguem, compartilham e dão likes às
publicações de “mães” que postam seu dia a dia com esta nova “modalidade”
de filhos, que passaram a integrar, fazer parte da vida de muitos jovens.
Esta “loucura” psiquiátrica pré-determinada vem sendo debatida e divulgada
como se se pretendesse estabelecer uma “nova normalidade” no seio de uma
sociedade já desgastada, sociedade esta que se transformou em presa fácil ao
alcance de objetivos certamente escusos, uma verdadeira metamorfose das
pessoas em “fugitivos” de uma realidade difícil de ser enfrentada por muitos.
Vivemos momentos de fantasia mediática, onde existem influenciadores que,
independentemente das consequências que serão decorrentes de suas
idiossincrasias, aproveitam-se da fragilidade de muitos e impõem padrões que,
se permitidos, se converterão em comportamentos aceitos e repetidos, sem
qualquer racionalidade. Aproveitam-se da fragilidade e/ou traumas de muitos
que passarão a adotar como verdade absoluta uma fantasia que se transforma
em realidade.
Absurdamente me deparei com vídeos de “parto” do bebê, protagonizado
por “doutor”, remédios a serem ministrados, além do devido guarda-roupa,
mamadeiras e todo o enxoval adquirido como se verdadeiro fosse.
E tudo isto divulgado pelo Fantástico no último dia 11 de maio, quando
apresentou uma “maternidade”, cujo espaço oferece uma experiência
completa para os clientes, quando, além do “bebê”, podem adquirir certidão
de nascimento, carteira de vacinação e até assistir ao seu “parto”.
Se não bastasse, existem “bebês” que simulam batimento cardíaco.
Qual o objetivo de tudo isto?
Além de normalização do absurdo, com certeza, recheado de método e
objetivos escusos, esta submissão a uma nova forma de preenchimento do
vazio – que afeta grande parte da população e pode ser considerada uma
fragilidade, uma fuga real de dores e traumas – está sendo ordenadamente
utilizada para exploração das pessoas
O que mais o mundo moderno pretenderá impor ao Ser Humano? Estaríamos
frente a um fenômeno que busca preencher o vazio que se inseriu na vida de
pessoas jovens que decidiram não ter filhos, que defendem a identidade de
gênero, a desconstrução da família?
Neste momento em que presenciamos um movimento mundial de
desestruturação das políticas globalistas, que impuseram e influenciaram a
agenda woke, deparamo-nos com o resultado e consequências de uma
educação temerária a que foram submetidos os agora jovens em idade de
constituírem família.
Se não houvesse em mim, a esperança de dias melhores, com certeza, o
desânimo seria meu companheiro.
Esta notícia, recheada de fantasia relacionada ao comportamento de “pais”
dos bebês Reborn, vem sendo objeto, inclusive, de discussão de questões
jurídicas decorrentes de eventual separação dos “pais”, com direito a pensão
alimentícia etc. Parece algo semelhante a filmes de ficção. E o mais incrível, este
enredo sequer foi objeto do mais criativo e fantasioso cineasta.
O mais emblemático é que este assunto tomou força quando da comemoração
no último domingo do Dia das Mães, momento em que os laços familiares
genuínos são reforçados com demonstração de amor, gratidão e respeito por
aquela que gerou, deu Vida, carinho, educação à sua prole, aquela que
representa o alicerce na formação de um Ser Humano, na sua verdadeira
acepção Divina.
Estaremos realmente frente a uma fuga da realidade ou apenas a uma nova
forma de “brincar” de bonecas, agora vivenciada por adultos que se
submetem a esse novo e inusitado modismo?
O assustador é depararmo-nos com políticos que gastam o dinheiro dos
contribuintes para homenagear os criadores desses “bebês” como se não
houvesse maiores problemas a serem discutidos na Câmara dos Vereadores
do Rio de Janeiro. Provavelmente a existência desses “bebês” mereceria ser
agraciada com “direitos” a serem defendidos por parte da sociedade
fragilizada deste País.
Enquanto isto, pessoas reais, de carne e osso são esquecidas, violentadas e
usurpadas em sua dignidade.
Até quando viveremos esta dura realidade?