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O Estadão deste domingo trouxe um belíssimo editorial sobre a condenação da moça que pichou com batom a estátua de Justiça, em frente ao Supremo Tribunal Federal, com os dizeres de “Perdeu Mané”, no dia 08 de janeiro, e crítica os Ministros pela exorbitância da pena que lhe foi aplicada, de 14 anos e 30 milhões de multa.
Essa é a terceira ou quarta vez que nos manifestamos sobre o assunto, alertando para a falta de moderação das penas daquele Colegiado principalmente aos seguidores de Jair Bolsonaro, de quem tenho razões ideológicas para ser francamente contrário, mas que nem por isso aceito que seja discriminado nas causas que o envolvem e aos seus adeptos nos julgamentos proferidos pelo STF.
À frente das decisões segregativas está sempre o ministro Alexandre de Moraes, que age aparentemente com parcialidade e, o que é pior, com suposta crueldade ao usar as suas competências – em alguns casos duvidosas, diga-se de passagem – para manifestar suas inclinações com punições draconianas em casos que ele próprio elevou à condição de lesivas às instituições republicanas.
A Folha já havia se pronunciado sobre a pena para o caso do batom.
Agora é o Estadão.
Enfim, é a opinião pública que esses veículos representam que se levantam contra as exorbitâncias de um ministro que usa seus poderes discricionários para adotar posições que só são aplaudidas por um segmento mais feroz da população brasileira.
Agindo assim, ele divide ainda mais o país e dissemina a desconfiança a respeito das decisões que vem daquela Corte de Justiça, o que, cedo ou tarde, pode macular ainda mais a imagem do órgão, que já não anda lá essas coisas.