Recentemente foi divulgado que o futebolista Ganso do Fluminense está com uma cardiopatia, a Miocardite. O jogador uruguaio Juan Izquierdo teve como provável causa de sua Morte Súbita, grave arritmia uma complicação da Miocardite. Em geral não se costuma comunicar antecedentes de quadro clinico gripal. Essa cultura do silêncio é frequente entre atletas profissionais, como também e em geral desvalorizada por esportistas.
Vamos explicar o que acontece. Se conhece da Medicina do Esporte e da Cardiologia do Esporte que níveis muito intensos de treinamento e uma alta sensibilidade genética, certas pessoas tendem a ter diminuição da imunidade para infecções e assim facilitando a infecção por viroses de todo tipo, bactérias e protozoários como o Trypanosoma Cruzi da Doença de Chagas, e ainda podemos ter Miocardites inflamatórias por hormônios anabolizantes, e certos medicamentos em doses tóxicas e alguns tratamentos, inclusive alguns oncológicos.
O diagnóstico é feito numa detalhada consulta clinica e exames complementares que incluem os registros gráficos: Eletrocardiograma e Holter , exames de sangue e de imagens como Ecocardiograma e Ressonância Magnética do Coração. A gravidade e o tipo de tratamento dependem do grau de acometimento do miocárdio, mas sempre o afastamento dos exercícios físicos é obrigatório. O prazo da alta varia de 30 a 90 dias e se pode retardar o reinicio dos exercícios até por meses.
Na discussão das causas temos viroses tipo Influenza , Dengue , COVID ou sua vacina, com a certeza científica que as viroses são 10 vezes mais causadoras de Miocardite do que suas polêmicas vacinas.
As Complicações podem ser desde insuficiência cardíaca e/ou arritmias benignas ou letais. A maioria consegue a cura total sem sequelas após o período de tratamento em geral apenas dos sintomas. Ainda a prevenção é a grande ferramenta para um esportista ou atleta de alto nível e intensidade, e deve ser sempre o cuidado a se tomar quando se pratica exercícios mais fortes.
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