A alma é uma concepção íntima, filosófica, religiosa e científica que se desenvolveu entre o mitológico e o filosófico.
Para Pitágoras (570–495 a.C.), filósofo grego, tudo que existe pode ser quantificado.
Ou seja, tudo pode ser abstraído por meio da matemática.
Portanto, Pitágoras descobriu a noção de alma a partir da ideia de que tudo pode ser transformado em números, isto é, para além dos sentidos.
Essa abstração está no mundo das ideias de Platão e na realidade das experiências imediatas.
Por isso, a filosofia e a matemática caminham, concomitantemente, pois Platão peregrinou pela “seita” Pitagórica.
Nesse sentido, existe um mundo espiritual e o mundo material.
O mundo das ideias de Platão, filósofo grego, é o mundo da essência das coisas no qual a vida verdadeira acontece!
A consciência sobre a alma pode nos tornar um ser humano melhor, pois a experiência do mundo interior é acessada.
A matemática está relacionada com a música, pois existe música nessa ciência.
A nossa sensibilidade ao som está ligada à lógica de nosso cérebro, portanto, não devemos ter preconceito em relação à presença da razão e da emoção na música.
O som é uma onda e a frequência do som é o que define a nota musical.
A frequência é uma repetição com referência de tempo.
Portanto, o som é uma onda, e essa onda oscila com certa frequência.
Para cada frequência, temos um som diferente (uma nota diferente).
A nota lá, por exemplo, corresponde a uma frequência de 440 Hz.
As descobertas de Pitágoras, na Grécia Antiga, sobre matemática e música são essenciais para a compreensão da existência simultânea da razão e emoção na música.
Existem inúmeras explicações matemáticas para diversas questões da música.
As relações matemáticas existentes na música são compreendidas por nosso cérebro.
Portanto, a música não surgiu do nada, ela é resultado de uma organização numérica e por meio do cérebro e da emoção (sentir) é interpretada a peça musical.
As sensações de prazer que sentimos ao ouvir música escondem cálculos subliminares.
Nosso cérebro é uma máquina de calcular!
Quanto mais se praticar, estudar e conhecer música, mais essa faculdade vai se desenvolver.
Os grandes matemáticos da Antiguidade foram, também, teóricos musicais, como Pitágoras, Arquitas, Aristóxenes e Eratóstenes, responsáveis por grandes avanços no estudo da música.
No século VI a.C., os gregos consideravam que a música encerrava uma aritmética oculta.
São usadas na música, a teoria dos conjuntos, a álgebra abstrata e a teoria dos números, por exemplo.
A matemática e a música são estudadas de maneira separada há muito tempo, mas sempre tiveram uma relação entre si.
Pitágoras pensava que os planetas produziam a música das esferas. Essa música também conhecida como harmonia das esferas ou música universal, é um antigo conceito definido pelos gregos que postula a existência de uma harmonia divina e matemática entre o macrocosmo e o microcosmo. Essa música não poderia ser ouvida pelos humanos, simplesmente, porque ela era a própria música da vida. Ou seja, nós não ouvimos essa música das esferas.
Cabe, portanto, na educação matemática, trabalhar conhecimentos pertinentes à música.
Tanto a matemática quanto a música estão intimamente ligadas à vida de todas as pessoas. Porém, cada um, em sua própria vida, em sua própria experiência, relaciona-se com as duas de forma diferente.
Enfim, nada é aleatório quando uma canção preenche os nossos ouvidos com beleza e harmonia.
“Quando se ouve boa música, fica-se com saudade de algo que nunca se teve e nunca se terá.”
Samuel Howe (1801 -1876), médico americano, abolicionista e defensor da educação para cegos.