Identidade é um conjunto de caracteres próprios e exclusivos de uma determinada pessoa.
A identidade depende da diferenciação que fazemos entre o “eu” e o “outro”.
Passamos a ser alguém quando descobrimos o outro porque, desta forma, adquirimos termos de comparação que permitem o destaque das características próprias de cada um.
A identidade pessoal é, portanto, o conjunto das percepções, sentimentos e representações que uma pessoa tem de si própria, que lhe permitem reconhecer e ser reconhecido socialmente. Esse processo se constrói ao longo do tempo e atualiza-se permanentemente até a morte.
A identidade define quem somos, bem como, nossa missão.
Não tem sentido encontrar duas pessoas com identidades semelhantes, podemos encontrar pessoas que partilham a mesma cultura, de personalidades parecidas e fisicamente equivalentes.
Enfim, identidade é ter consciência de si mesmo.
O reconhecimento do eu se dá no momento em que aprendemos a nos diferenciar do outro.
Identidade é consciência de nossa continuidade em nós mesmos a fim de nos conhecermos melhor.
A identidade está em constante mudança num processo de adaptação à realidade interna e externa.
Algumas vezes, somos personagens de nós mesmos e assumimos identidades falsas para suportar a difícil realidade que nos cerca.
As atividades fazem com que nós nos transformemos e, portanto, ocorrem metamorfoses na identidade.
Esse processo de mudanças é inerente à espécie humana.
Portanto, a identidade é um processo em permanente movimento.
A própria identidade só se cria a partir do momento que conseguimos nos diferenciar dos outros.
Cada indivíduo é único e diferente. Carl Gustav Jung (1875 – 1961) psiquiatra e psicoterapeuta suíço, fundador da psicologia analítica denominou a jornada pessoal de dar forma a uma identidade própria da vida de processo de individuação. Para isso, precisamos manter sempre intacto o cerne, isto é, o centro de nossa identidade, que Jung chamou de Self, para que possamos filtrar as influências e afirmar: sim, isto sou eu; ou, não, isto não sou eu.
A nossa identidade é conforme definiu Jean Piaget (1896-1980), psicólogo, biólogo e pensador suíço, um paradoxo, pois é algo imutável que, entretanto, está em permanente transformação.
A identidade de um indivíduo é o conjunto de suas características psicobiológicas que fazem dele uma criatura única, diferenciada e inconfundível.
“Dentro de nós há uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos.” José Saramago (1922 – 2010), escritor português.