Quando estou desanimado com o Brasil, lanço mão de livros do meu coração, que me socorrem antes que eu exploda de raiva!
Já não tenho paciência de acompanhar os noticiários, pois os problemas se repetem e se agravam desde que Pedro, o Cabral, nestas terras chegou.
Meus raros leitores podem pesquisar nos mais diferentes livros. O Brasil é a mesma incompetência há 525 anos. Aqui prevalece o compadrio desenfreado e imoral, onde todos roubam e ninguém é punido. E para que não se diga que só os poderosos são privilegiados, nossa Justiça e o Congresso Nacional democratizaram a impunidade. Além do andar de cima, até a arraia-miúda conta com as benesses da impunidade, beneficiados com a tal audiência de custódia, por exemplo.
Explico o título acima. Mestre Millôr foi um fecundo intelectual e que nos legou uma obra inestimável. Entre vários livros que não canso de reler, tomo emprestado algumas citações do gênio.
Começo com Collor, condenado na última instância, sem possibilidade de nenhum recurso, mas que continua flanando em Brasília, aquela insuportável cidade.
· Na hora do pau comer, Fernando Collor não só lavou as mãos como fez desaparecer o sabonete. (1992)
· O cinema e a literatura internacionais inventaram o herói sem causa. Nós consagramos o canalha sem jaça. (1991)
· O mal de prender muito o facínora é que ele fica íntimo do delegado.
· Faz tremendo sucesso na televisão. Nenhum em casa. Natural, em casa ele é ao vivo.
· O dinheiro não compra amizade. Mas com ele você pode arruinar seus inimigos.
· Locutor tão vaidoso que parecia patrocinador de si mesmo. (nada a ver com Galvão Bueno…)
· Deus existe. Mas é evidente que depois dos voos interplanetários se mudou pra mais longe.
FRASE DE BOTECO
Como dizia Humphrey Bogart: ”Todo homem nasce duas doses abaixo do normal. Bem, ele se referia aos homens normais.