Das duas, uma: ou a Globo muda a maneira como o Sincerão acontece ou a produção insere um teste de oratória na seleção do elenco que comprove que os participantes estão aptos a desenvolver um raciocínio de maneira lógica. Do jeito que está, não dá para continuar. No episódio de ontem, o reality show exibiu mais um show de horrores com os confinados se expressando mal e porcamente, o que atrapalha a criação e a manutenção de conflitos e, por consequência, o entretenimento do espectador. Não é de hoje que os participantes demonstram dificuldade de executar uma tarefa básica num programa como o BBB: defender pontos de vista e argumentar a fim de manter a própria sobrevivência no jogo. O BBB 25, entretanto, está se superando nesse sentido. Se confinados não conseguem falar sobre como se sentem e o que os incomoda, qual o objetivo de apostar numa dinâmica baseada em discussão e enfrentamento? Compreendo que não podemos esperar que todos os selecionados para o “BBB” sejam exemplos de eloquência, mas sem o mínimo de articulação, não há conflito que se estabeleça, e não há maneira do público se envolver com as narrativas do programa. Insistir na escolha de participantes que mal sabem completar um raciocínio ou em dinâmicas que exponham essa falha é um tiro no pé no próprio reality show, que verá sua sobrevida ameaçada com o tempo. |
Globo precisa aplicar teste de oratória na seleção do elenco do BBB. Por Ricky Hiraoka

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