Ao usar este site, você concorda com a Política de Privacidade e os Termos de Uso.
Aceitar
  • Home
    • Conheça o Orbisnews
  • Autores
  • Blog
  • Categorias
    • Administração
    • Brasil
    • Cultura
    • Clima
    • Economia
    • Educação
    • Esportes
    • Família
    • História
    • Jornalismo
    • Justiça
    • Meio Ambiente
    • Mobilidade
    • Mundo
    • Política
    • Saúde
    • Segurança
    • Tecnologia
    • Turismo
  • Contatos
    • Assessorias de imprensa
    • Saiba Como Divulgar Artigos no Orbisnews
Lendo 21 de Abril de 1985. Por Almir Pazzianoto Pinto
Compartilhar
0 R$ 0,00

Nenhum produto no carrinho.

Notificação
Redimensionador de fontesAa
Redimensionador de fontesAa
0 R$ 0,00
  • Home
  • Blog
  • Planos-de-assinaturas
  • Contatos
  • Home
    • Conheça o Orbisnews
  • Autores
  • Blog
  • Categorias
    • Administração
    • Brasil
    • Cultura
    • Clima
    • Economia
    • Educação
    • Esportes
    • Família
    • História
    • Jornalismo
    • Justiça
    • Meio Ambiente
    • Mobilidade
    • Mundo
    • Política
    • Saúde
    • Segurança
    • Tecnologia
    • Turismo
  • Contatos
    • Assessorias de imprensa
    • Saiba Como Divulgar Artigos no Orbisnews
Tem uma conta existente? Entrar
Siga-nos
  • Advertise
© 2024 ORBISNEWS | Todos os direitos reservados.
> Blog > Autores > Autore de A a B > 21 de Abril de 1985. Por Almir Pazzianoto Pinto
Autore de A a BPolítica

21 de Abril de 1985. Por Almir Pazzianoto Pinto

Almir Pazzianotto
Ultima atualização: abril 29, 2025 3:55 pm
Por Almir Pazzianotto 6 leitura mínima
Compartilhar
Compartilhar

Para a nossa História, a data de 21de abril de 1985 está definitivamente

associada ao dia 15 de março do mesmo ano.

O real estado de saúde do paciente era mantido sob rigoroso sigilo

pelos médicos, após a intervenção cirúrgica, no Hospital de Base, em Brasília. Falava-

se em rápida recuperação, para ser empossado na presidência da República. Talvez,

eu imagino, nem mesmo a esposa, Risoleta Neves, e os filhos, soubessem qual a

gravidade do caso. A transferência do paciente, para São Paulo, levantou as primeiras

suspeitas de que algo acontecia. A imprensa, entretanto, ainda que investigasse, era

mantida em ignorância, contribuindo para a desinformação geral. Houve até o caso da

fotografia do dr. Tancredo, em companhia da mulher e de alguns médicos, fotografado

sentado em sofá no hospital, para transmitir otimismo à população. Quem se lembra?

Durante cerca de 20 ou 25 dias, a realidade permaneceu oculta. Em

Brasília o governo se achava às escuras. Se o presidente Sarney estava informado de

que a situação do paciente dia após dia se agravava, desconheço. Com dezenas de

greves paralisando a economia, à frente do Ministério do Trabalho procurava manter

em andamento as responsabilidades que me incumbiam, como a nomeação dos

auxiliares diretos e dos Delegados Regionais do Trabalho, nos Estados. Esta tarefa

era delicada, pois me via obrigado a respeitar acordos regionais que desconhecia.

Fui surpreendido em São Paulo com a notícia da morte do dr. Tancredo.

Retornei imediatamente a Brasília para as cerimônias fúnebres e para o sepultamento,

realizado em São João Del Rei, com a presença de todo o governo. A partir do dia 22

de abril tudo se encontrava alterado. Efetivada a posse de José Sarney na presidência

da República, ignorava o destino que me esperava. Eu fora escolha pessoal do dr.

Tancredo. Deputado estadual na Assembleia Legislativa paulista, não contava com

decidido apoio da cúpula do meu partido, o MDB, sempre ávido por cargos nos altos

escalões do governo. Afinal, chegara ao poder por vias tortas e o presidente Sarney

era oriundo da Arena.

Os dias se passaram, aprofundando-se as distâncias entre o governo

democrático e o Partido dos Trabalhadores (PT) e a Central Única dos Trabalhadores

(CUT). Ao me convidar para ser o Ministro do Trabalho, Tancredo Neves me passou as

suas duas únicas instruções. Providenciar a ratificação da Convenção nº 87 da

Organização Internacional do Trabalho, assinada pelo Brasil em 1948, quando foi

aprovada pela assembleia geral realizada em São Francisco, mas ainda não ratificada,

e negociar a celebração do Pacto Social, nos moldes do pacto espanhol de Moncloa.

Transmiti ao presidente Sarney as instruções de Tancredo Neves.

Embora pouco familiarizado com assuntos sindicais e trabalhistas, o presidente não

apenas concordou, como ordenou a realização de encontros com entidades patronais

e profissionais, na tentativa de se encontrarem caminhos para o pacto social, uma

espécie de trégua na permanente e inútil disputa entre salários e preços, provocada

pela insidiosa inflação herdada do governo João Figueiredo. A reunião, cercada de

grande expectativa, ocorreu na Granja do Torto. Além da presença do presidente

Sarney, compareceram Ministros de Estado, presidentes das todas as grandes

confederações de trabalhadores e a imprensa. Lula era esperado, por ser figura

dominante da esfera sindical no momento. Fez questão, entretanto, de comunicar que

estaria ausente, retirando considerável parte do significado do encontro. Afinal, era

presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Devo lembrar que os dois primeiros atos que adotei, como Ministro,

consistiram na revogação de portaria o Ministro Arnaldo Prieto, que proibia a fundação

de organizações intersindicais, como a CUT, e a anistia a dirigentes sindicais

cassados.

Houvesse fraquejado nos primeiros dias, cedido a pressões e decretado

intervenção em entidade sindical grevista, teria permanecido talvez seis meses no

governo para ser exonerado. Voltaria a São Paulo como advogado e deputado

estadual desmoralizado, após abalar os alicerces da Nova República.

Neste aspecto, a compreensão e o apoio do presidente José Sarney

foram fundamentais. Em junho de 1985 chefiei, pela primeira vez, a delegação

brasileira à Assembleia anual da Organização Internacional do Trabalho (OIT) em

Genebra. Em meu discurso revelei a mudança de orientação governamental,

relativamente à esfera sindical. Os sindicatos deixavam de ser reféns do governo,

ficando livres de interferência e intervenção, conforme diria mais tarde a Constituição

de 5 de outubro de 1988.

Deixei o ministério em 28 de setembro de 1988, para integrar o Tribunal

Superior do Trabalho.

Você também pode gostar...

Bolsa Família, traição ou benefício? Por Ribas Paiva

O grande desafio está dentro de cada um. Por Elizabeth Leão

Pesquisa após pesquisa, a imagem de Lula segue muito mal avaliada pelo povo brasileiro. Por Carlos Marchi

Greta, a menina virou mulher. Por Milton Flavio

Reforma administrativa: O que esta em jogo com o novo grupo de trabalho. Por Antonio Tuccilio

MARCADO:BrasilPresidência
Compartilhe este artigo
Facebook Twitter Whatsapp Whatsapp LinkedIn Telegram Email Print
Compartilhar
Por Almir Pazzianotto
Advogado. Foi Ministro do Trabalho e presidente do TST
Artigo Anterior Ordens Ilegais. Por Ribas Paiva
Próximo Artigo Filosofia e mitologia são incompatíveis? Por Soraya Câmara
Deixe um comentário Deixe um comentário

Clique aqui para cancelar a resposta.

Acesse para Comentar.

Fique conectado!

FacebookLike
TwitterSeguir
InstagramSeguir
- Publicidade -
Ad image

Últimos artigos

A criação de impostos sem representatividade é tirania. Por Foch Simão
Autores de E a F Economia
Artesanato e arte popular – A importância da arte feita por comunidades e sua relevância cultural. Por Rafael Murió
Arte Autores de Q a R
Medicamento de alto custo. Como conseguir gratuitamente! Por Celso Russomanno
Autores de C a D Consumidor Direito Jornalismo
VOCÊ SABE O QUE É “LAWFARE”? Você sabe oque é “LawFare”? Por Cesar Dario
Autores de C a D Direito Justiça

Você pode gostar também

Autores de G a HMeio AmbientePolíticaSaúde

O Golpe que micou. Por Gilberto Natalini

junho 11, 2025
Autores de Q a RDireitoPolítica

Criminosa inflação artificial. Por Ribas Paiva

junho 11, 2025
Autore de A a BSaúde

A neurociência e a psicanálise do fim de um relacionamento. Por Bruna Gayoso

junho 11, 2025
Autore de A a BJornalismoPolítica

De que valem 20 minutos de alegria e depois 20 anos de ditadura? Por Alex Solnik

junho 10, 2025

Receba nossos artigos.

Fique por dentro das opiniões mais importantes que influenciam decisões e estratégias no Brasil.

Siga-nos
© 2025 ORBISNEWS | O maior portal de artigos do Brasil. Todos os direitos reservados.
  • Advertise
Bem vindo de volta!

Faça login em sua conta

Perdeu sua senha?