O futebol brasileiro corre um sério risco de se tornar refém da jogatina eletrônica. Os principais campeonatos e torneios que abrangem as competições de futebol no âmbito regional e nacional são patrocinadas pelas – bets – que são casas nacionais e internacionais que exploram as apostas on-line nas partidas de futebol. São autorizadas e regulamentadas pelo Governo Federal.
A maioria dos clubes de futebol do país, nas suas principais séries, tem como patrocinadores as casas de apostas eletrônicas que injetam milhões de reais e estampam seus nomes como apoiadores masters nas camisas. Se isso não bastasse, as principais empresas de comunicação que transmitem as partidas, assim como as que exploram o noticiário do futebol através de veículos tradicionais como o rádio e a tv, e nas redes sociais, são apoiados através de comerciais que incentivam o jogo eletrônico, o seja está tudo dominado.
Pela verdade temos que ressaltar que tudo segue a lei e o avanço dessas mídias tem o respaldo na lógica de mercado. São várias as formas de se apostar no jogo de bola, não só pelo resultado da partida, mas também pelas nuances de suas regras e tudo está respaldado nos times de futebol.
Existe, no entanto, um outro lado sombrio e devastador no jogo de apostas, o vício, o compungimento e a adrenalina experimentados pelos jogadores que não conseguem se conter numa aposta por mero divertimento e destroem suas vidas econômicas. Por isso muita gente é contra a exploração financeira do jogo.
Numa conversa recente com um dos principais dirigentes do futebol brasileiro, o tema dos patrocínios das bets aos clubes foi o tema e ele de uma maneira simples e objetiva externou sua preocupação com o volume de dinheiro destinados aos times de futebol. Numa mudança de rumos da
jogatina eletrônica com alterações e restrições nas apostas para proteger o cidadão, clubes e federações ficariam reféns da jogatina eletrônica.
O jogo eletrônico e o Futebol Brasileiro. Por Helvio Borelli

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