Com a nomeação de Gabriel Galípolo, títere petista, para a presidência do Banco
Central do Brasil no próximo ano e a atual titularidade de Márcio Pochmann, um
adepto das políticas públicas de tendências socialistas, no Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística, IBGE, órgão responsável pela produção e análise de
informações estatísticas sociais e econômicas, considerando ainda o viés
desenvolvimentista do atual governo, divisa-se uma perspectiva de pseudo
controle das contas públicas gerando a desconfiança dos agentes econômicos,
tendo como possíveis consequências a desvalorização da moeda e o aumento da
inflação real, uma vez que são figuras que defendem políticas públicas
heterodoxas e um irresponsável manejo das despesas correntes.
A manipulação dos dados públicos e a defesa da receita econômica em que
inflação se combate cortando as taxas de juros, contendo a sua elevação para não
aumentar as despesa pública, foi para a Turquia uma política
monetária desastrosa, tornando-se um trágico experimento natural frente a uma
inflação em forte alta, com a execução do exato oposto de uma política monetária
sólida.
Essa manipulação dos dados públicos tem sido prejudicial para a Turquia, pois ela
tem buscado esconder a realidade da situação econômica do país. Ao subestimar
a taxa de inflação e outros indicadores econômicos, o governo turco tem
prejudicado sua credibilidade e abalado a confiança dos investidores. Além disso,
ao cortar as taxas de juros para combater a inflação, a Turquia tem adotado uma
política monetária inadequada, visto que apesar de a redução das taxas de juros
poder estimular o consumo e o investimento, ela também pode levar a um
aumento da inflação. Nesse caso, a elevação das taxas de juros se torna uma
terapia necessária para conter a inflação, apesar da incompreensível caturrice do
governo autocrático de Recep Tayyip Erdoğan. No entanto, ao não elevar as taxas
de juros de forma adequada, a Turquia tem se exposto a um aumento das
despesas públicas, já que o governo precisa pagar mais juros para obter os
recursos necessários a cobertura da dívida pública. Isso, decisivamente, leva a
um aumento do déficit fiscal, o que pode ser ainda mais prejudicial para a
estabilidade econômica do país.
A eventual suspeita de manipulação dos dados públicos e a possibilidade de
adoção de uma política monetária notoriamente inadequada são contribuições,
sem sobra de dúvida, para a deterioração da economia de uma nação. Se faz
necessário que um governo comprometido com o bem estar do seus cidadãos
adote medidas sólidas e transparentes, para enfrentar a alta inflação e promover o
crescimento econômico sustentável.
O prenúncio de uma nova estrutura administrativa na economia com
características ideológicas extemporâneas, puramente desenvolvimentista e
desprovida de ortodoxia de mercado acaba por gerar uma insegurança nos atores
sistêmicos, podendo reduzir o montante de investimentos em um país carente de
poupança interna como é o caso do Brasil
A era da Incerteza. Por Foch Simão
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