Tendo passado dos 80 anos, e muito bem vividos, ainda me indigno com certas coisas que ocorrem no Brasil. Este país é um dos campeões mundiais da impunidade. Aqui você rouba, mata, faz o diabo e nunca acontece nada. É um país sem nenhuma capacidade de proteger o cidadão comum.
Rouba-se e mata-se descaradamente. O máximo que acontece é passar numa delegacia, tomar um cafezinho, participar da tal audiência de custódia e partir para mais uma série de crimes.
Se formos para o andar de cima, a coisa só piora. Eu simplesmente não entendo a existência do STF. Ali todo mundo é descondenado. Ninguém vai preso e quando acontece é logo solto.
A vida nas ruas do Brasil está insustentável. Não se pode sair porque logo encosta uma moto, ou um grupo de meliantes para lhe tomar seus pertences na maior cara de pau. E, quando são pegos, rapidinho voltam para as ruas e recomeçam uma nova rodada de crimes.
Leio agora que o ex-presidente Collor de Mello foi condenado a 8 anos e dez meses de prisão por receber propinas da UTC Engenharia numa “tungada” na BR Distribuidora. Mas surge o ministro André Mendonça e mais um adiamento para julgamento de um embargo de defesa.
Todos nós sabemos o que vai acontecer, certo? O tal de Fernando Collor não vai cumprir nada. E vai fazer companhia para aquele monte de malfeitores que estão livres e descondenados. Nem vou citar os nomes para não tomar todo o espaço da Orbisnews.
E, por falar no Fernando Collor, soube da morte do Ibrahim Eris aos 80 anos. Apesar do respeito aos familiares, devo lembrar que esse cidadão fez parte da quadrilha que sequestrou a poupança de milhões de brasileiros no início do governo do ex-presidente. Incluindo este escriba.
E lembrando novamente do Carlito Maia: quando morria algum desafeto, mandava publicar nos jornais um pequeno anúncio: “por uma graça alcançada”.