Tu vens, Tu vens. Os sinais estão chegando – por Roberto Freire

Estamos em plena mudança a mais disruptiva, ampla e profunda por qual passou a humanidade. É óbvio que tal ruptura impacta as sociedades deixando-as um tanto quanto perdidas no passado pois não é fácil nem imediata a libertação total do que éramos.
Os pensamentos, conceitos e instituições, em sua quase totalidade permanecem presos ao passado .
No caso da política não é diferente e talvez é onde tais desconformidades sejam mais evidentes.
Embora claramente contraditórios os velhos paradigmas ideológicos, referenciais políticos não correspondem mais a seus princípios, programas e sua própria história. Os que eram revolucionários, reformistas e vanguarda do progresso na sociedade do capitalismo industrial não raro mantendo com a mesma velha retórica, são na prática reacionários ludistas ,anti reformistas e sustentáculos de relações sociais e de classe que estão sendo superados por um novo modo de produção e nova sociedade da era digital. Uma roupa e velha e não nos serve mais .
Mas haverá uma demora, um certo tempo para perceber e mudar . Enquanto isso não ocorre, entre nós a esquerda continua sendo o lulopetismo e pronto. Não existe esquerda alguma fora desse movimento.
Vejamos o caso Eduardo Leite que é para mim bem ilustrativo desta distorção em épocas de transição. Para o mundo político ele e a imprensa em geral ele é de direita não lha dando nem a dúvida se é do centro democrático, o que parece ser o referencial que o melhor define.
Sua visão de mundo e posições frente as novas relações sociais, de trabalho de um mundo digital cada dia mais integrado e globalizado, com desafios e oportunidades inéditas o caracterizam muito mais como um progressista do que os atuais ditos progressistas em especial a tradicional esquerda brasileira.
Oe a coisa está pegando ! que de fato esta acontecendo no atual cenário político e eleitoral brasileiro é a percepção de uma rela redução dos polos bolsonaristas e lulopetistas , o cansaço evidente do clima polarizado do “nos x eles” e um despertar de que existem alternativas políticas outras para o futuro do país.
A impressão que tenho é que os sinais do novo estão chegando…