Durante o Renascimento, período de intensa produção artística e científica entre os séculos XIV e XVI, alguns artistas e pensadores eram conhecidos por seus hábitos incomuns de trabalho e descanso. Um dos hábitos mais intrigantes relatados foi o sono polifásico, uma prática que envolve dividir o descanso em múltiplos períodos curtos ao longo do dia, em vez de um único período longo à noite. Embora não haja registros definitivos de que todos os artistas renascentistas seguiam essa prática, *Leonardo da Vinci*, um dos mais célebres expoentes da época, é frequentemente citado como adepto desse método.
O sono polifásico é um estilo de descanso baseado na divisão das horas de sono em pequenos blocos ao longo do dia e da noite, reduzindo a necessidade de um período contínuo de descanso. Existem diferentes tipos de ciclos polifásicos, mas os mais conhecidos incluem:
– *Ciclo Uberman:* Consiste em tirar cochilos de 20 a 30 minutos a cada quatro horas, totalizando cerca de 2 a 3 horas de sono por dia.
– *Ciclo Everyman:* Inclui um período mais longo de sono principal (geralmente de 3 horas) combinado com cochilos estratégicos ao longo do dia.
– *Ciclo Dymaxion:* Envolve cochilos de 30 minutos a cada seis horas, totalizando apenas 2 horas de sono por dia.
Acredita-se que *Leonardo da Vinci* tenha praticado um método semelhante ao Uberman, dormindo brevemente várias vezes ao dia e evitando um longo período de descanso noturno. Esse hábito supostamente teria permitido que ele maximizasse seu tempo de produtividade, dedicando-se a pinturas, invenções e estudos científicos quase ininterruptamente. No entanto, não há registros históricos confiáveis que confirmem essa prática, e muitas dessas alegações surgiram séculos depois.
Outros grandes pensadores da história, como *Nikola Tesla* e *Thomas Edison*, também foram apontados como adeptos do sono polifásico, usando o método para prolongar seus períodos de atividade criativa. Em muitas culturas, o sono polifásico era uma estratégia utilizada por marinheiros, soldados e trabalhadores em condições extremas, onde o descanso tradicional não era viável.
A ciência moderna revela que o sono polifásico pode ter benefícios em curto prazo, aumentando o estado de alerta e reduzindo a sensação de fadiga. No entanto, a longo prazo, essa prática pode impactar negativamente a saúde, prejudicando a função cognitiva e afetando o metabolismo. O ciclo circadiano humano é naturalmente ajustado para um sono monopásico, em que a maior parte do descanso ocorre durante a noite.
A questão do sono polifásico na Renascença ilustra como os artistas e pensadores daquela época estavam dispostos a explorar métodos incomuns para maximizar sua produtividade. Seja através dessa prática ou simplesmente por dedicação extrema ao trabalho, o Renascimento foi um período de notável inovação e criação.