Isto é demonstrado com a vitória da AD (32,1%, 86 deputados) coligação de centro-direita formada pelo :
Partido Social Democrata (PSD) liberal, o CDS – Partido Popular (CDS-PP) conservador e democrata-cristão, e o Partido Popular Monárquico . E o grande avanço do Chega ( 22,56% 58 deputados) partido de extrema direita e que teve um aumento de 10 assentos em relação a 2024.
Por outro lado o forte declínio da esquerda com a grande perda de mais de 20 deputados da bancada de 2024 do Partido Socialista num dos piores resultados desde os anos 1980, obtendo 23,38% dos votos e 58 deputados.
Mais grave ainda foram as derrocadas do Partido Comunista Português (PCP) e o Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) na Coligação Democrática Unitária (CDU) que elegeu 3 deputados (perdendo 1 em relação a 2024) com cerca de 2,5% dos votos.
E também mais expressiva ainda o Bloco de Esquerda (BE) que caiu drasticamente para 1 deputado (perdendo 4) com aproximadamente 1,3%.
Ambas as formações tiveram seus piores desempenhos históricos e analistas dizem refletir uma erosão do apoio a essas forças de esquerda mais radical e de tradição mais ortodoxa.
Uma única exceção no campo da esquerda o LIVRE que cresceu passando de 4 para 6 deputados com cerca de 2,3% dos votos
Enfim Portugal enfrentando um mesmo processo de grande parte da Europa de superação da influência dos partidos tradicionais e formação de outros movimentos políticos com bases mais diversas e representativos de outras contradições sociais e econômicas da nova sociedade mundial.