Deu-se o primeiro turno da Eleição Municipal.
Foram 155 milhões de eleitores aptos a votar.
Com todos os seus percalços, a eleição é a festa maior da Democracia.
Aqui, o dia da eleição foi calmo e participativo.
Contados os votos, anunciados os eleitos, verificamos que os grandes vencedores foram o PSD de Kassab e o MDB de Baleia Rossi.
Os grandes perdedores foram o PT de Lula e o PL de Bolsonaro.
Isso nos fala que o povo brasileiro rejeitou a tal polarização política, tóxica e nefasta, criada por dois polos que se opõem e se completam entre si.
O centro político saiu amplamente vitorioso, e com isso a Democracia brasileira dá um passo à frente.
Temos defeitos graves em nossa política: fisiologismo, incompetência e corrupção. Temos muitos aventureiros e oportunistas. Nossos partidos são amontoados com fraca participação ideológica.
O poder econômico, a máquina de governo, a falta de programas políticos, as fakenews são uma constante em nossos processos políticos e eleitorais.
Mas, só a convivência democrática, em sua plenitude, pode ensinar, e livrar o Brasil das mazelas que habitam nossa Democracia.
Aqui na Cidade de São Paulo, tivemos um fenômeno pernóstico, com a candidatura do coach Pablo Marçal.
Ele quase foi para o segundo turno com 1/3 dos votos dos paulistanos.
Por que essas aberrações acontecem?
Os motivos são vários: a descrença de boa parte de nosso povo nos políticos e na política; o desinteresse e a desinformação de nossa gente nas eleições; a crença de parte do povo, que esses aventureiros aloprados podem salvar sua vida sofrida e desesperançosa, como num milagre; e a ideologia medíocre e atrasada que ainda habita a mente de parte da população.
Poblo Marçal, foi parte dessa realidade.
Nosso povo já elegeu um rinoceronte, o Cacareco; um macaco, o Simão e um palhaço, o Tiririca. Já elegeu um marajá como caçador de marajá.
Mas, em geral, essas eleições foram uma demonstração democrática no Brasil.
Agora vamos ao segundo turno.
Esperamos que os escolhidos pelo povo sejam os melhores para o país e para as cidades.
E assim caminha, com suas dores e dificuldades, nossa Democracia.
Viva a Democracia!