Nem sempre é manha. Se há choro, há desconforto; pode ser fralda molhada, sono, fome ou dor. É importante investigar.
Medo, tristeza, frustração e raiva também causam choro, visto que, por o cérebro ainda ser imaturo, a criança ainda não consegue verbalizar tudo o que sente. O choro é a linguagem da criança pequena.
Em vez de gritar, acolha, abrace, acalme e ajude a criança a entender o que está acontecendo para que ela seja capaz de expressar suas dores e sentimentos.
Para que isso aconteça, é importante que o adulto esteja calmo e controlado para auxiliá-la na autorregulação, que não acontece da noite para o dia.
Os pequenos estão descobrindo o mundo e seus desafios, aprendendo com suas experiências, que nem sempre serão positivas. É dever dos pais e responsáveis por essa criança nomear seus sentimentos e ensiná-la a como se comportar.
As emoções negativas ensinam. Se ela está chorando, é porque aquilo causou dor a ela, mesmo que para você pareça um motivo bobo, como, por exemplo, o amiguinho que não quis emprestar o brinquedo. A criança vai se frustrar porque ela quer o brinquedo.
Esse momento tem grande valor para ensiná-la. Nunca diga, depois, “a mamãe ou o papai compram outro” ou “deixa para lá, essa criança é mal-educada e egoísta.”
Quando ela estiver calma, valide o sentimento dela dizendo: “Eu sei que você está triste, chateada ou com raiva.” Depois, faça perguntas: “Por que será que ela não quis emprestar o brinquedo? Como podemos resolver essa situação?”
Assim, você estará ensinando a criança a resolver seus desafios de maneira positiva, além de fortalecê-la emocionalmente.
As emoções fazem parte da nossa vida desde sempre; quanto mais cedo ensinar como lidar com as emoções básicas — medo, raiva, tristeza e alegria — melhor será.
Depois que resolverem a situação, pergunte à criança como ela está se sentindo e reforce positivamente suas qualidades frente a esse desafio.
Ensine a transformar os desafios em aprendizados!