Um dos ensinamentos da filosofia é o uso correto do argumento.
Em termos filosóficos, argumentos não são trocas de gritos, cabos de guerra verbais ou altercações.
Na verdade, a cultura moderna atualmente parece não entender em que consiste realmente o argumento no que tem de melhor.
Uma análise envolve o uso da razão. A avaliação também, bem como, o argumento.
Todos os filósofos a empregam e nos exortam a empregá-la.
A razão é um dos poderes da mente, à semelhança da percepção ou imaginação.
Portanto, a razão é o poder de passar logicamente de uma ideia para outra, de ver conexões de lógica ou causa e efeito e de inferir conclusões de premissas dadas.
Em filosofia, um argumento é uma apresentação fundamentada de ideias em que se reúnem provas a favor da verdade de uma conclusão.
Em sua essência, os argumentos não são algo que se dirige às pessoas como se mira uma arma e um alvo.
Devemos apresentar um argumento para chegar a uma conclusão, mas não basicamente com alguém ou contra alguém.
Às vezes, o argumento pode persuadir outra pessoa, mas em outros momentos, emprega-se como simples meio de descobrir para si a verdade.
Portanto, o objetivo do argumento, ou da discussão, não deve ser a vitória, mas o progresso, como disse Joseph Joubert (1754 – 1824), ensaísta francês.
Em filosofia, os argumentos não são o tipo de coisa que se ganha ou perde.
É lógico que um bom argumento ajuda a “ver” intelectualmente a verdade.
Por isso, o argumento persuasivo é uma parte importante de todos os cargos gerenciais e é tão fundamental para pregadores e professores como para cientistas praticantes.
O ideal é empregar bem um argumento e até progredir em uma discussão com alguém sem que se degenere em bate-boca.
Acima de tudo, a filosofia é uma busca da verdade e não a arte da persuasão.
E como disse Sir Thomas Browne (Londres, 19 de Outubro de 1605 – Norwich, 19 de Outubro de 1682), polímata inglês e autor de obras variadas que revelam seu amplo conhecimento em diversos campos, incluindo ciência, medicina, religião e o esotérico. “Em todas as discussões, o que há de paixão há de falta de objetividade”.
Enfim, a paixão ofusca a razão!
Devemos ter cuidado, pois em um argumento acalorado, tendemos a perder de vista a verdade!
Portanto, a capacidade de argumentar convincentemente pode se mostrar de grande importância para descobrirmos a verdade e convencermos os outros a aderir a essa busca.
Porém, nada garante que o bom argumento sempre produza o bom resultado desejado, mas um bom argumento é melhor do que um mau argumento a qualquer hora.
É importante observar que o argumento, junto com a imaginação e a emoção, pode ser parte de um processo total para induzir a pessoa a acreditar em uma importante verdade e agir segundo ela.
Em suma, o argumento racional é uma das mais inconfundíveis habilidades genuinamente humanas, sendo fortemente cultivada pela filosofia.
“Quem não pode atacar o argumento ataca o argumentador.”
Paul Valéry, filósofo, escritor, poeta francês (1871-1945).