Muitas pessoas acreditam que se vivia melhor décadas atrás, ou seja, não era comum falta de respeito entre os indivíduos antigamente.
Mário Lago (1911-2002), ator, advogado, radialista, compositor e poeta brasileiro sabiamente afirmou que “hoje se convive com o próximo na base de cotovelada”.
Será que no turbilhão das grandes cidades não sobra tempo, nem cabeça, nem paciência para praticar o respeito em relação aos outros?
Então, para que serve a boa educação?
Está “fora de moda”?
Não se deve colocar no mesmo balaio boas maneiras e os rituais de etiqueta.
Saber tratar bem o próximo faz parte da boa educação e saber qual o talher apropriado para comer peixe faz parte da etiqueta.
Enfim, as pessoas podem se entender apesar das diferenças entre elas por meio dos bons modos.
A boa educação deve ser dirigida a todos os indivíduos independentemente da posição social.
As boas maneiras começam com o respeito ao outro e devem ser exercidas naturalmente.
Boas maneiras não significam cuidar apenas do que é particular, mas é necessário considerar o que é coletivo e público também.
Lamentavelmente, o que vemos são famílias que “deseducam”, achando que os meninos não podem aprender boas maneiras porque a masculinidade pode ficar comprometida.
Mas quem não gosta de um homem de finos modos e bem-educado, o famoso “gentleman”?
Mas para que isso aconteça, é necessário que a criança tenha aprendido a conviver com a boa educação desde muito pequena.
Quando a família tem bons princípios de educação, delicadeza e agradece com um “muito obrigado” e fala num tom de voz tranquilo e baixo, dentre várias outras boas maneiras, a criança absorve esses conceitos e os leva por toda a vida.
As boas maneiras são a melhor herança, segundo a escritora e jornalista Clarice Lispector (1920-1977).
Primeiramente, Costanza Pascolato (1939), empresária e consultora de moda brasileira, coloca a etiqueta como regra básica de respeito ao outro, de convívio coletivo harmonioso e de educação.
Enfim, elegância, acima de tudo, é ser você e tratar bem os outros.
“Elegância, no fundo, é escolha. Portanto, você pode, sim, estar superelegante com o mais casual ou com o mais clássico dos modelos. Sejam quais forem as peças, marcas e estilos que lhe agradam, o essencial é vestir a roupa que, diante do espelho, vai fazer você sorrir e dizer: está ótimo porque essa é a minha imagem. E a de mais ninguém”.
Costanza Pascolato (1939) é uma empresária e consultora de moda brasileira, nascida na Itália. Integrante da Sociedade Brasileira de Moda. É um dos nomes mais influentes e respeitados do universo da moda.