O orgulho LGBTQIAPN+ marca a luta pela representação da diversidade de orientação sexual, lembrando-nos que ainda é uma realidade distante na maioria das empresas. Um levantamento realizado pela Protiviti Brasil revelou que 58% das empresas ainda não possuem uma política de DEI (diversidade, equidade e inclusão).
Uma pesquisa conduzida pelo LinkedIn, intitulada “Proud at Work”, mostrou que metade dos profissionais pertencentes à comunidade LGBTQIAPN+ não se sente confortável em discutir abertamente sua orientação afetivo-sexual ou identidade de gênero no ambiente de trabalho. Além disso, 35% desses profissionais afirmaram já ter enfrentado discriminação dentro das empresas onde trabalham.
Diante desses dados alarmantes, é evidente que ainda há muitos desafios a serem superados para eliminar a discriminação e o assédio moral contra esse grupo minorizado. Aqui estão cinco ações essenciais para promover um ambiente de trabalho seguro:
- Código de conduta e políticas: Formalizar regras e diretrizes corporativas claras, deixando explícita a posição da empresa contra discriminação, homofobia e desrespeito, com definição de sanções apropriadas para esses casos.
- Treinamento e comunicação: Implementar programas de treinamento que abordem temas como DEI, comunicação inclusiva, letramento de gênero, entre outros. Utilizar métodos como workshops, palestras e animações para educar a equipe sobre pluralidade e respeito.
- Recebimento e apuração de denúncias: Estabelecer um canal seguro para denúncias de discriminação e agressão, com procedimentos claros e confidenciais para recebimento e tratamento inicial dos relatos. Realizar apurações eficazes com profissionais capacitados.
- Background check e testes de integridade: Implementar verificações de antecedentes e testes de integridade no processo de recrutamento, visando prevenir condutas discriminatórias desde o início do onboarding.
- Pesquisas de cultura organizacional: Realizar pesquisas periódicas para monitorar a cultura de integridade, focando especificamente em questões de assédio, discriminação e agressões, para promover melhorias contínuas.
O combate à discriminação e à intolerância requer liderança efetiva desde a alta direção até a média liderança. O trabalho integrado entre áreas como Compliance, Recursos Humanos e outras é crucial para conduzir as organizações na jornada rumo à diversidade e segurança no ambiente de trabalho.
Por Jefferson Kiyohara