O que é o amor? Todos se perguntam.
E se caso algumas pessoas o encontrassem, será que elas o reconheceriam?
Isso quer dizer que o amor tem uma natureza, isto é, algo que pode ser percebido.
Porém, há quem diga que o amor não tem natureza, pois ele é o que é, ou alguém tem ou não tem, e se tiver saberá que é.
Pode ser que somente quem experimentou o amor, saiba o que é esse sentimento, isto é, uma experiência subjetiva.
A noção moderna de erotismo provém de um desejo apaixonado e intenso, um desejo sexual.
O amor platônico representa um sentido de admiração e amor pelo outro, ou seja, busca substituir o aspecto físico pela apreciação e encantamento intelectuais.
Para Aristóteles (384a.C.-322a.C.), filósofo grego, o amor se funda na amizade e no aumento do valor de outra pessoa para níveis mais altos que o de todas as outras.
Na verdade, o amado deveria ser amado pelo que ele é realmente!
E sem dúvida, para amar, o indivíduo deve amar, primeiramente, a si próprio.
Esse amor por si mesmo é um reflexo da busca nobre e virtuosa que um ser humano pode ter por desejar uma vida suprema.
Existe o amor paternal de Deus pelo homem e o amor do homem que sente gratidão por Deus, é o amor defendido pelos pacifistas e pelos cristãos.
Num patamar mais elevado espiritual, existe o amor pelos inimigos!
Para amar, precisamos transcender aspectos mundanos, isto é, sentir a plenitude do Ser.
O que importa é que devemos amar no outro sua humanidade e conduta, pois esses aspectos mostram quem é o indivíduo realmente.
Na realidade, todos deveriam ser amados devido ao respeito necessário que devemos ter pela dignidade humana.
Perdoar é uma forma de exercer o amor e é um privilégio para quem perdoa o outro e a si mesmo também.
Amar alguém significa desejar fortemente aquela pessoa, mas, isso não quer dizer, que quando alguém realiza o seu desejo o amor necessariamente deixa de existir.
Na verdade, o amor, na sua essência, é uma atitude virtuosa para com o outro sem esperar nada em troca!
“Eu não tenho filosofia: tenho sentidos…
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é.
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Por que quem ama nunca sabe o que ama
Nem por que ama, nem o que é amar…”
Alberto Caeiro, um dos heterônimos do poeta português Fernando Pessoa (1888-1935).