Num dia de verão, relaxando na praia, chamou minha atenção a brincadeira de duas crianças. Com afinco e criatividade, construíam um lindo castelo de areia, com torres, passarelas e passagens internas. Quando estavam quase acabando, veio uma onda e destruiu tudo, reduzindo o castelo a um monte de areia e espuma. Achei que cairiam no choro depois de tanto esforço e cuidado, mas tive uma grata surpresa; em vez de chorar, correram para a praia, fugindo da água, sorrindo, de mãos dadas e logo depois começaram a construir outro castelo. Compreendi que havia recebido uma importante lição: gastamos muito tempo de nossas vidas construindo coisas que mais cedo ou mais tarde, uma onda poderá vir e destruir o que levamos tempo para erguer. Mas não é tão importante, sempre poderemos reconstruir, refazer, porque nosso espírito, nossa alma, nossa essência é que temos que realmente preservar.
Amigo leitor, a verdade é que a sociedade cria na mente das pessoas que as “coisas” possuem um valor enorme, gerando, assim, a busca desenfreada por bens materiais como forma de status social. É como se para ser feliz fosse necessário possuir uma bela casa, carro do ano, celular de última geração, roupa de marca… O curioso, é que conheço pessoas que tem tudo isso, mas se entopem de remédios tarja preta, ingerem bebidas alcoólicas sem controle e fumam freneticamente, além de outros suterfúgios, para amenizar o peso emocional provocado pela falta de paz de espírito e alegramento natural pelo simples fato de estar vivo.
Einsten disse certa vez que “só há duas maneiras de viver a vida: a primeira é vivê-la como se os milagres não existissem. A segunda é vivê-la como se tudo fosse milagre”.
Será que dinheiro traz felicidade. Por Jorge Lordello
Apresentador do programa operação de risco e experiência de 25 anos como delegado de policia em São Paulo
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