No dia primeiro de janeiro de 2025 fui eleito para presidir a maior Câmara Municipal da América Latina por 49 votos de um total de 55 vereadores. Assumi este cargo com muita honra e ciente da grande responsabilidade que é comandar o Poder Legislativo de São Paulo.
A Câmara Municipal é uma instituição fundada em 1560, portanto, carregada de história e de memórias. Por ela e pelo ofício de vereador passaram grandes nomes de nossa política nacional, como o ex-governador Franco Montoro e os ex-presidentes Jânio Quadros e Washington Luís.
Com forte vocação democrática, é pela Câmara que passam todos os projetos de lei que impactam a vida dos moradores: o nome das ruas, a orientação para o crescimento da cidade, o valor dos impostos, a criação de novos parques e a regulamentação de muitas modernidades como os carros por aplicativos.
Como vereador no sexto mandato, tenho acompanhado o esforço da Casa para aprimorar a transparência e a prestação de contas. Hoje, por meio do portal da Câmara, qualquer pessoa tem acesso aos contratos, gastos de gabinetes e outras informações necessárias para a fiscalização do trabalho dos vereadores. Não existe nenhuma atividade legislativa que não seja transmitida pelas redes sociais. Sessões, reuniões da Mesa Diretora, Colégio de Líderes. Está tudo na internet.
Tudo isso é fruto de um projeto iniciado por meus antecessores e fortemente impulsionado pelo ex-presidente Milton Leite, que concentrou todos os seus esforços para que a Câmara representasse com cada vez mais fidelidade o que ela é: a Casa do Povo. A Câmara foi palco de nada menos que 150 audiências públicas por ano no último quadriênio (2021-2024). Debates foram realizados dentro e fora da Câmara e também utilizando a tecnologia, que possibilitou que centenas de pessoas que não puderam se dirigir à sede do Legislativo participassem por meio de videoconferências.
Debates que permitiram aos vereadores, ouvindo a população, alterar e aprimorar praticamente todos os projetos que foram votados, inclusive os enviados pelo Executivo. Uma prova de que a Câmara atua, sim, em seu papel constitucional de forma independente e autônoma, fiscalizando e contribuindo com as ações da prefeitura.
Irei seguir estes ensinamentos e me atrevo a dar um passo a mais. Quero e vou aproximar a Câmara da periferia. Não é admissível que a população que mais precisa seja impactada pela política apenas em época de campanhas eleitorais. Nem que seja normalizado o fato de que as pessoas se esqueçam em quem votaram para vereador. Nosso projeto terá dois fatores que considero importantes: aproximação e informação. Vamos até as franjas da cidade apresentando a Câmara com suas comissões permanentes, biblioteca, Escola do Parlamento. E vamos ouvir a população também em grandes audiências públicas locais.
Dentro do Legislativo, pretendo continuar seguindo o que sempre fiz em minha vida. Sou da conciliação, do diálogo, do respeito. Sou funcionário público de carreira e fui secretário municipal dos Transportes, onde pude promover políticas públicas eficientes e que salvam vidas, como a Faixa Azul.
Contem comigo e com a Câmara Municipal de São Paulo.