Fevereiro, 2025 – Em outros tempos, quem ia em busca de uma nova casa pensava primeiro em espaço, conforto e comodidade para a família. Agora, os tempos são outros. A palavra segurança passou a ser o sinônimo de morar bem e, por este motivo, os condomínios residenciais aparecem sempre como a primeira opção.
Uma pesquisa da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), em parceria com a Brain Inteligência Estratégica, revelou que a segurança é prioridade para 80% dos consumidores na hora de escolher um imóvel.
Porém, apenas o controle de acesso com uma cancela e um monitoramento de vídeo não garantem a sensação de que a criminalidade parou de rondar a nossa porta. Cada vez mais, os condomínios, principalmente os de luxo, estão buscando soluções integradas e de alta segurança, com tecnologias usadas contra o terrorismo em outras regiões do mundo.
É preciso pensar em sistemas que possam trazer proteção em todo o perímetro, sem pontos cegos. Para isso, integrar cada produto e possuir uma inteligência por trás do planejamento de segurança é importantíssimo para isso.
Dependendo da situação enfrentada, uma cancela e um portão, por exemplo, podem não ser capazes de impedir ou inibir ações de criminosos em fuga ou que tentarem invadir esses locais. Por esses motivos, há condomínios residenciais que estão recorrendo a dispositivos como bollards, que são barreiras capazes de suportar fortes impactos de veículos pesados, entre outras novidades trazidas ao mercado por grandes empresas do setor.
Em meio a essa realidade, a segurança privada surge como a grande solução. E o aumento das receitas e investimentos dentro deste mercado vem ocorrendo ano após ano. De acordo com o Panorama do Setor de Segurança Eletrônica, divulgado pela Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese), o segmento fechou 2023 com um faturamento superior a R$ 12 bilhões e um crescimento médio de 13,75%. Para completar, o estudo da entidade apontou que a indústria deste setor registrou uma expansão de 18,3% no período.
Esses números estão alinhados com o crescimento expressivo dos condomínios. Segundo o último Censo Demográfico do IBGE, divulgado em 2022, mais de 68 milhões de pessoas viviam em condomínios em cerca de 13,3 milhões de conjuntos habitacionais (incluindo casas e apartamentos) no Brasil. Isso equivalia então a quase um terço de toda a população nacional, de pouco mais de 214 milhões. Esses dados refletem uma preocupação cada vez maior dos brasileiros com a violência e em se proteger da criminalidade ao residirem em ambientes fechados e resguardados diariamente por esquemas de segurança.
O cenário, apesar de propício para o mercado de segurança, é assustador para a população e precisa de um olhar urgente das autoridades. Trazer a segurança pública, para qual todos nós pagamos impostos, visando proteger a população de forma a somar positivamente nesta conta contra a criminalidade é essencial, quando pensamos e buscamos uma sociedade mais justa. Dar segurança somente a quem pode pagar por ela é um caminho perigoso para um país que ainda contabiliza mais de 60 mil pessoas mortas por causas violentas todos os anos.
Se segurança é sinônimo de moradia digna, então ela deve ser um direito de todos.