Todos ficam pasmos quando, num país que é um dos maiores produtores de café do mundo, o quilo do produto custa 60 reais.
Quem vai ao mercado, ou quem paga a compra, sabe quanto custa a laranja, a banana, o abacate, outros frutos, o preço dos legumes, verduras e grãos.
O azeite de oliva virou ouro líquido.
É claro que essa “carestia de vida” alimentar tem causas múltiplas.
É o preço do dólar, os mercados internacionais, as commodities, a eleição de Trump, e blá, blá, blá demais.
Mas uma coisa certa.
As mudanças climáticas e os fenômenos extremos impactaram em cheio na produção e no custo dos alimentos.
O café, por exemplo, teve um aumento grande após o debacle da safra no Vietnã e no Brasil, em consequência de estiagens prolongadas nas áreas produtoras.
A laranja subiu de preço, após um aumento de exportação para os EUA, onde houve quebra de safra por pragas associadas ao clima.
O custo do azeite de oliva foi vítima de uma enorme quebra de safra nas regiões de produção de azeitonas, no Mediterrâneo e no Norte da África, também, porque as oliveiras sofreram com as mudanças climáticas.
Não estamos tratando aqui dos enormes prejuízos econômicos financeiros para a agricultura e a indústria de alimentos. Isso fica para uma próxima vez.
E por aí vai!!!
Essa situação de insegurança alimentar por falta e pelo alto custo dos alimentos tende a continuar e se agravar, por conta da piora das condições climáticas.
Isso não caminha numa linha reta, mas as crises se repetirão cada vez mais frequentes e maiores.
Mudanças climáticas não são só chuvas, enchentes, secas e queimadas.
É também fome e prejuízos econômicos imensos, na produção de alimentos e outros bens de consumo.
É urgente a ação de todos para conter essa tragédia.
A COP-30 é uma boa ocasião para o mundo tomar uma atitude pra valer!