Existem pessoas que não têm o objetivo de se relacionar com ninguém, elas não estão interessadas em compromisso, os seus interesses são somente conquistar e satisfazer os seus próprios desejos.
Na maioria das vezes, os sinais de que um relacionamento vai ser complicado, surgem já no começo, e, muitas vezes, as pessoas preferem se enganar e entrar sem pensar em relações potencialmente destrutivas e assim, elas se machucam.
As escolhas amorosas não são aleatórias, ou seja, os pares não se formam por acaso. Todas as nossas vivências e experiências (conscientes ou inconscientes) influenciam na hora de escolher um parceiro.
Portanto, se o indivíduo viveu num lar conflituoso e destrutivo, provavelmente, ele viverá relacionamentos conturbados na vida adulta.
Esse indivíduo vai se sentir sempre atraído pelo mesmo tipo de relação, isto é, “tóxica”, porque o que aquela pessoa pode lhe proporcionar já é familiar.
Com certeza, essa situação de desarmonia entre os parceiros se agrava por falta de autoconhecimento.
Segundo Carl Gustav Jung (1875-1961), psiquiatra suíço, “até você se tornar consciente, o inconsciente irá dirigir a sua vida e você vai chamá-lo de destino.”
Portanto, é fundamental se conhecer melhor para se conscientizar por qual razão, muitas vezes, escolhemos erradamente os relacionamentos.
Sem dúvida, é essencial desenvolver a autoestima e o senso de merecimento para ter autonomia sobre as escolhas amorosas.
Para Lígia Baruch de Figueiredo, Doutora e Mestre em Psicologia Clínica pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) “por muitos séculos, a mulher buscou compromisso como forma de sobrevivência e segurança. Embora muitas, hoje em dia, fujam dos homens problemáticos, existem aquelas ansiosas para estar com alguém.”
Na verdade, o medo de ficar sozinha tem um peso enorme na nossa cultura, ou seja, a presença de um homem ao lado de uma mulher é imprescindível na nossa sociedade.
Às vezes, algumas mulheres acreditam piamente que o indivíduo é ríspido ou infiel porque sofreu alguma espécie de “trauma” ou ainda não encontrou a mulher “certa” e essas mulheres anseiam em assumir o papel da “mulher ideal” para garantir alguma reciprocidade.
Ou seja, se ela o “resgata”, ele vai amá-la para sempre e fazer tudo para agradá-la.
Lamentavelmente, não é bem assim que as coisas funcionam.
Nesse caso, a frustração é certa porque o outro não vai e nem tem que corresponder ao que se espera dele.
Nenhum relacionamento se constrói à base de expectativas fantasiosas, isto é, o resultado é catastrófico, pois a idealização é imensa.
As mulheres buscam o modelo de homem e de relação que elas têm internalizado.
Enfim, errar ao escolher alguém para o relacionamento significa que os indivíduos “bacanas” não são interessantes para certas mulheres por não trazerem o desafio da conquista e do risco.
Outro aspecto a ser considerado é a existência de ansiedade num relacionamento, esse é um fator determinante, obviamente, para escolhas ruins.
Toda relação deve ter seu curso natural!
E toda mulher merece um companheiro que a ame e a admire.
Enfim, relacionar-se é uma arte e fazer boas escolhas nos relacionamentos é condição fundamental para uma vida mais feliz.
“Somos todos tolos no amor.”
Jane Austen (1775-1817), escritora inglesa.