Não dá mais para esperar. Ou o presidente Ednaldo Rodrigues, da CBF, inicia já uma profunda reformulação na arbitragem brasileira, ou o futebol de nosso País vai implodir. Faço essa afirmativa baseado em fatos que vem ocorrendo a alguns anos nos jogos oficiais disputados em todo o Brasil, em todas as suas divisões. Na série A, esses erros são mais visíveis, porque envolvem os clubes de maior torcida no Brasil.
Mas também nas séries B, C e D, esses erros se sucedem, o que provoca irritação e indignação dos torcedores e destrói a cada semana a credibilidade dos torneios e campeonatos organizados pela entidade que administra o futebol brasileiro. As coisas chegaram a tal ponto, que até o acomodado Ednaldo, presidente da CBF, resolveu chamar Wilson Seneme, presidente da Comissão de Arbitragem da entidade, para pedir providências enérgicas e urgentes para melhorar um pouco este estado de coisa.
Só na última rodada do Brasileirão série A, três arbitragens com erros crassos, podem ser citados como exemplo do que estou falando. Acho que o mais sério, que a televisão se cansou de retratar, está no pênalti inexistente marcado pelo árbitro André Luiz Skeltin, à favor do Flamengo, nos últimos minutos do jogo entre o rubro negro carioca e o Atlético Goianiense, disputado em Goiânia, domingo passado.
O pênalti como disse, NÃO EXISTIU. Mas o árbitro, contra tudo e contra todos, não quis nem ouvir nem o VAR que identificou erro no lance, e confirmou a penalidade. O Flamengo cobrou, fez o gol da vitória ,e ganhou três pontos num jogo que talvez nem merecesse um. Uma vergonha!!!!! Também foram péssimas as arbitragens de Vasco da Gama x Grêmio, no Rio de Janeiro, e Corinthians x Atlético Mineiro, em São Paulo.
Wilson Seneme, que a princípio nem quis falar sobre a arbitragem do final de semana (ele costuma dar entrevista toda segunda-feira), depois de convocado por Ednaldo Rodrigues,deu uma coletiva de imprensa, criticou os erros da arbitragem e até suspendeu por tempo indeterminado os árbitros envolvidos: André Luiz Skeltin (Atlético GO x Flamengo), Flávio Rodrigues Souza (Vasco x Grêmio), e Yuri Elino, (Corinthians x Atlético Mineiro). Bom lembrar, que alguns dos principais árbitros brasileiros (Raphael Claus, Willian Pereira Sampaio, Aderson Daronco, Ramon Abatti Abel e Edina Alves Batista) não estavam em nosso País, porque foram participar de um curso nos Estados Unidos, promovido pela FIFA, já com vistas a Copa do Mundo de 2026.
Todos já estão de volta ao Brasil e certamente serão escalados para os principais jogos da próxima rodada do Brasileirão. Ainda assim, acho que mesmo com a reintegração destes nomes, a arbitragem nas próximas rodadas do Brasileirão vão continuar a causar problemas. A verdade é que o árbitro brasileiro não é preparado devidamente para cumprir seu trabalho com o mínimo de qualidade. Alguns, por condição própria, até apitam bem e atendem a CBF e a FIFA em seus principais jogos. Mas, no geral, e com tantas competições que exigem bons árbitros, não há número nem aceitável de bons juízes para realizarem esse trabalho.
Ideal mesmo, é que o árbitro brasileiro fosse profissionalizado. Que tivesse tempo para descansar, para treinar, para cuidar de seu preparo físico, para ler e relr o manual de regras. estudando cada vez mais para ser um bom árbitro. Aí sim, o Brasil poderia ser bom tanto na qualidade de seus jogadores em campo, como na qualidade dos escolhidos para apitar cada jogo de nossos campeonatos. Um dia essa realidade vai chegar, mas não acredito que aconteça em curto espaço de tempo. O que eu lamento, sinceramente!!