Nenhuma atividade tem sido menos compreendida e injustamente difamada do que a filosofia!
Por quê?
Talvez porque a filosofia nos dá respostas inteligíveis para problemas insolúveis.
Michel de Montaigne
(1533-1592) foi um escritor e ensaísta francês, inventor do gênero ensaio. Ele dizia que “a filosofia é dúvida”.
E quem gosta de dúvida?
Essa incomoda e muito!
Às vezes, até assusta.
Friedrich Nietzsche (1844-1900) foi um filósofo alemão que se destacou no século XIX. Ele caracterizou a filosofia como “um explosivo, em cuja presença tudo corre perigo”.
Ao refletirmos sobre os filósofos e os seus pensamentos, imediatamente, vem à tona que eles vivem no mundo da lua!
Algumas vezes, são pessimistas, acadêmicos desmazelados, roupa amarrotada, que passam pela vida afagando a barba, cara fechada e pensamentos abstrusos na cabeça, e muitas vezes, pensando a “Morte” e “Desespero”.
Porém, a filosofia, corretamente praticada, deveria ser o contrário de todo esse pessimismo e negativismo. Deveria empolgar e libertar, provocar, esclarecer, ser útil e divertida.
Os próprios filósofos deveriam ser ótimas companhias, ou seja, a animação de qualquer festa, sem exageros. Eles atingem a sabedoria por meio do questionamento filosófico e devemos saboreá-la, como disse Marco Túlio Cícero (106 a.C. – 43 a.C.), orador, escritor, estadista romano, e considerado um dos maiores filósofos da Roma Antiga.
Portanto, na sua essência o filósofo não é um peixe fora d´água na vida normal e nem um desajustado social.
As aparências, às vezes, enganam!
A filosofia tem uma missão encantadora, diria até divina, pois não é árida e nem complicada como supõe os tolos.
Em outras palavras, como proclamou o grande poeta inglês John Milton (1608-1674) a filosofia é “musical como o alaúde de Apolo”.
Sócrates (470-469 a.C.), filósofo grego, “o primeiro homem a trazer a filosofia à praça do mercado”, é exemplo de que trazer esse questionamento de volta ao mercado de ideias sublimes é reconhecer a sua relevância para as nossas vidas diárias.
É inerente à espécie humana a necessidade de entender melhor algumas das questões mais importantes, nas quais tendemos a quase não pensar.
Inúmeras vezes, ao filosofarmos, não conseguimos obter uma resposta definitiva para cada pergunta surgida, mas podemos ampliar a consciência e isso é um grande avanço na jornada do autoconhecimento e uma busca eficaz da própria sabedoria.
“A vida é um festival somente para os sábios”.
Ralph Waldo Emerson (1803-1882) foi um escritor, filósofo e poeta norte-americano que liderou o movimento do transcendentalismo na década de 1830.