Nem bem começou e o Brasileirão 2025 já está seriamente ameaçado de se desmoralizar e implodir, se o atual presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, não tomar providências enérgicas e urgentes, ainda nesta semana que se inicia. Motivo: aconteceram erros inaceitáveis da arbitragem brasileira no último final de semana. Erros de conhecidos árbitros brasileiros que, nem em torneios de várzea, costumam acontecer. Confiram alguns deles. 1 – na partida Sport 1 x Palmeiras 2, disputada no Recife, o árbitro Bruno Arleu Araújo, marcou um pênalti inexistente sobre o meia Raphael Veiga, do Verdão. Piquerez, que não tinha nada a ver com isso, cobrou bem a infração e deu a vitória ao Palmeiras. Pouco depois, quando o juiz encerrou a partida, houve uma reação muito forte da torcida local. Não fosse o alambrado e a ação policial, e este juiz não teria voltado vivo para sua casa. 2 – em jogo disputado em Porto Alegre entre Inter e Cruzeiro, o juiz Marcelo de Lima Henrique expulsou, injustamente, o zagueiro Jonathan Jesus, numa disputa de bola normal com o atacante Wesley, do Colorado gaúcho, aos 19 minutos de jogo. O àrbitro preferiu falta e cartão vermelho para o jogador do time mineiro. Como consequência, o Cruzeiro ficou com dez e o Inter teve espaço de sobra para chegar aos 3 a 0. 3 – no jogo Atlético MG x São Paulo, em BH, Minas Gerais, o árbitro Ramon Abatti Abel, deixou de expulsar Lyanco, que já tinha cartão amarelo, quando ele derrubou com violência o zagueiro Ferraresi, do Tricolor paulista. Em outra jogada, Calleri disputou uma bola com um zagueiro do Galo e tocou o cotovelo no rosto dele. O árbitro poderia até dar amarelo, mas deu vermelho. O São Paulo ficou com dez até o final da partida. 4 – O conhecido Anderson Daronco bagunçou o jogo entre Corinthians 3 x Vasco da Gama 0, em Itaquera.Péssima arbitragem.
Como percebem, árbitros da chamada primeira linha do futebol brasileiro, estão cometendo já faz tempo, erros incríveis e inaceitáveis que justificariam seus afastamentos. Alguns deles, por soberba, até passaram a ignorar o VAR e a tomar atitudes contrárias a ele nos últimos jogos. Bruno Arleu Araújo, que já errou na semifinal do Paulistão em favor do Palmeiras, voltou a errar num dos jogos da primeira rodada do Brasileirão e a errar de novo, quando favoreceu o Palmeiras,domingo passado, contra o Sport, lá no Recife. Será que a CBF não viu isso? Afinal, de que valeu o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, demitir o ex-presidente da Comissão de Arbitragem, Wilson Seneme, e criar uma nova Comissão (que hoje é composta por sete elementos), se eles não têm se manifestado, nem se reunido semanalmente, para analisar os jogos das competições organizadas pela CBF? Em minha opinião, essa Comissão teria a obrigação de fazer essa análise e até de suspender os árbitros que cometeram irregularidades em seu trabalho. Não dá mais para entender que árbitros como Bruno Arleu Araújo, Ramon Abatti Abel, Marcelo de Lima Henrique e Anderson Daronco continuem na ativa, mesmo depois dos erros inaceitáveis que cometeram. Ednaldo, que foi reeleito presidente semanas atrás, precisa trabalhar mais forte a partir de agora, no sentido de reformular e modernizar a estrutura envelhecida da CBF, em especial, a da arbitragem..É inaceitável que ele continue a só pensar em usar o dinheiro da entidade, em seu próprio benefício. Se é para ser assim, então melhor que ele peça demissão e abra mão dos próximos seis anos de mandato a que tem direito. O futebol brasileiro, na verdade, não pode esperar. Ele precisa de um administrador forte e interessado prá já. Alguém que crie com urgência um super projeto, que reformule de vez a arbitragem brasileira e a leve ao patamar que tenha o mesmo nível do europeu. Caso contrário, o Brasileirão, que é o nosso campeonato mais importante, terá problemas cada vez mais sérios e poderá, em curto espaço de tempo, implodir de uma vez por todas. Assim como já aconteceu com nossa Seleção que, desde a primeira eleição de Ednaldo para a presidência, deixou de ser a melhor e mais organizada do mundo, para se transformar num verdadeiro saco de pancadas de seus adversários, sejam eles, europeus ou sul-americanos.