O capitalismo tem o poder de manipular e reger nossa sociedade, sempre a favor dos seus interesses, visando o aumento e crescimento da sociedade de consumo.
No campo da arte não é diferente, a maior parte das produções artísticas sofre influências do capitalismo, ou seja, o que importa é o que é rentável.
Toda e qualquer linguagem está sob as regras determinadas pela cultura de massa, da qual o capitalismo faz uso para determinar as tendências que o mercado de arte deve seguir.
E a liberdade de criação que faz o verdadeiro artista?”
É fato que ocorre de praxe que alguns “artistas” inventam um “lero-lero” intelectualóide, que eles constroem após a execução da obra, feito para impressionar leigos ou ricaços facilmente impressionáveis. Isto acontece demais ao redor do mundo. É o ser humano sem ética e sem amor à arte.
Há instalações denominadas de artísticas com rolos de papel higiênico colados na parede, crucifixos afundados em urina, cães acorrentados a paredes de galerias para passar fome diante da plateia, e parece não haver limites para quão baixo os supostos “artistas” (óbvio que não são artistas) de nossa era podem chegar.
É a banalização da arte, fruto de um sistema capitalista que visa o lucro acima e por cima de todos, e desta forma, influenciando a produção artística negativamente.
Os bens artísticos se tornaram produtos em um mercado – produtos a serem vendidos, produtos com oferta e demanda.
As regras de propaganda e marketing passaram a ocupar posição central no mundo da arte para convencer a comprar mais e mais um público consumidor fútil, entendiado e fundamentalmente burguês.
O resultado é um mundo em que a arte é, de modo geral, irrelevante e descartável.
O artista deve voltar a se comunicar com o povo por meio de uma arte que seja realmente comunicável, mas não precisa ser simples ou trivial.
O mais humilde operário é capaz de apreender a beleza e a eternidade contida nas maiores obras do homem.
Seria melhor o inverso, ou seja, matar o capitalismo e trazer a arte de volta do limbo!
A arte, como todos os processos criativos que acontecem na história da humanidade, é reflexo do espírito do seu próprio tempo, continuando ser assim na contemporaneidade.
A produção artística, na atualidade, deve assumir sua função transformadora, isto é, capaz de ser um estímulo à ação crítica e emancipar indivíduos.
Portanto, hoje a sociedade vive sob o domínio de valores mercantilistas e todos os objetos criados são precificados, cujo consumo, mostra a capacidade financeira de quem os adquire.
“Temos a arte para não morrer da verdade.”
Friedrich Nietzsche (1844-1900), filósofo alemão contemporâneo.