A influência do mundo grego antigo na humanidade é enorme!
O que existe de mais revolucionário do que estudar e filosofar?
Com certeza, o ato de filosofar amedronta quem detém o poder.
Filosofar é ir além, muito além do óbvio.
Como disse Jean-Paul Sartre (1905-1980), filósofo e escritor francês, “o homem está condenado a ser livre.”
Portanto, nós que fazemos nossas escolhas!
Governos totalitários querem a população ignorante e sem espírito crítico.
Como disse Friedrich Nietzsche (1844-1900), filósofo e escritor alemão, “o homem do rebanho é ausente de crítica.”
Sair da caverna e enxergar a realidade é uma opção!
Romper paradigmas é complicado e dá trabalho!
Ao percebermos as verdades, queremos mais e mais…
O filósofo não é quem decorou o conhecimento, mas quem desenvolve o pensamento crítico.
Como disse Sócrates (470/469 a.C.) “Só sei que nada sei.”
Nós somos grãos de areia perto dos universos descortinados pelos cientistas.
A maldição do filósofo é quanto mais ele sabe mais quer e ao chegar ao topo, descobre que tem mais saber para desvendar.
O verdadeiro ser pensante se encanta com o conhecimento.
Todos são capazes de filosofar, mas essa atividade não interessa muito àqueles que detêm o poder.
Antes de existir a filosofia, os gregos transmitiam cultura (valores religiosos e morais).
Legado importante dos gregos é a ética (ethos). Ética vem do grego “ethos” que significa modo de ser; conjunto de valores que orientam o comportamento do homem em relação aos outros homens na sociedade em que vivem, garantindo, igualmente, o bem-estar social, ou seja, ética é a forma que o homem deve se comportar no seu meio social.
As discussões eram orais nessa época, ou seja, predominava a oralidade.
Os mais velhos transmitiam cultura, isto é, valores morais e religiosos.
Sócrates introduziu a ética como espécie da filosofia, isto é, a ética se torna ramo da filosofia.
Os gregos legaram o apreço pela história. Heródoto (484 – 425 a.C.), historiador grego da Antiguidade, teve grande importância.
O padrão de beleza até hoje é o padrão dos gregos.
O que é o belo remonta o período da Grécia Antiga.
Portanto, a questão da arte é outro legado dos gregos para o mundo.
O estudo da arte era condição essencial na formação do indivíduo, especialmente, o ateniense.
Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.), filósofo da Grécia Antiga, dizia que quanto mais conhecimento artístico alguém tivesse, maior seria sua riqueza.
O teatro nasce na Grécia como tragédia com Ésquilo, Sófocles e Eurípedes e depois surgem as comédias antigas com Aristófanes.
Sócrates nada escreveu. Platão, Xenofonte e Aristófanes escreveram sobre Sócrates.
Porém, Aristófanes era opositor ao pensamento de Sócrates, e Platão e Xenofonte colocam Sócrates no pedestal.
Para os gregos, a música era algo grandioso. Saber tocar lira para os atenienses abastados era importante.
A arte foi um grande legado da cultura grega para a humanidade.
A palavra pecado nasce com a Igreja, porém, na Grécia Antiga, o corpo era algo belíssimo.
A Deusa do Amor era Afrodite!
Deus do vinho, também, a ser louvado era Baco!
No Renascimento, entre meados do século XIV e o fim do século XVI, voltam os ideais gregos, isto é, os ideais de beleza do corpo humano retornam (o corpo como algo divino).
Os gregos foram os primeiros a condensarem a ideia do estudo da política e da democracia.
Os filósofos antigos se preocupavam com os fenômenos da natureza.
Sócrates foi um divisor de águas, pois introduziu a ética, a política, a epistemologia, a estética na filosofia.
A coroa de quem comandava na Grécia era de louros, pois simbolizava Apolo (Deus grego), simbolizava a inteligência.
Se não fosse Sócrates, não existiriam Aristóteles e Platão. Esse foi discípulo de Sócrates e Platão foi Mestre de Aristóteles.
Platão não gostava da democracia, pois vence a discussão quem tem a melhor retórica e oratória e não quem é realmente honesto.
Nossa democracia é representativa, nós elegemos quem vai nos representar.
Na Grécia, a eleição era direta, ou seja, existia a democracia direta.
Cidadãos podiam participar diretamente no processo de tomada de decisões.
Platão na sua obra “A República” é contra a democracia.
Sócrates foi condenado à morte em 399 a.C com 71 anos por uma acusação de impiedade. Foi acusado de ateísmo e de corromper os jovens com a sua filosofia, mas, na realidade, essas acusações encobriam ressentimentos profundos contra Sócrates por parte dos poderosos da época. O Tribunal foi constituído por 501 cidadãos. Ele foi executado bebendo cicuta venenosa.
Platão (428 a.C.- 347a.C.), filósofo grego, reconhecia segundo a “A República” que a oligarquia, a democracia e a tirania, nessa ordem, são as piores formas de governo.
Para Platão, os regimes de governo possíveis seriam a timocracia (governo em que os ricos preponderam), oligarquia (grupos detentores do poder) e aristocracia (os melhores para governar seriam os filósofos em conjunto ou um rei filósofo).
O filósofo é sempre o melhor para governante, segundo Platão, pois não quer roubar.
Tales de Mileto (624 – 558 a.C.), filósofo, matemático e astrônomo grego, que pode ser considerado o primeiro filósofo que se tem conhecimento.
Para Aristóteles, não existe a melhor forma de governo, pois cada cidade-estado tem a sua característica.
A democracia é um legado dos gregos. Na Grécia, só fazia parte quem era cidadão, salvo raras exceções, estrangeiros eram admitidos.
Em Atenas, existiam os cidadãos, estrangeiros e escravos.
Portanto, a visão sobre democracia para Platão e Aristóteles divergia.
O princípio da igualdade ou da isonomia (“Todos são iguais perante a lei”), provavelmente, tenha sido utilizado em Atenas, na Grécia Antiga, cerca de 508 a.C. por Clístenes (565-490 a.C.),político grego, considerado um dos pais da democracia ateniense.
Enfim, Platão e Sócrates amavam a verdade e na democracia vence não quem diz a verdade, mas quem tem a melhor retórica.
O pensamento crítico percebe a mentira, por isso, esse pensamento é fundamental para formar cidadãos conscientes.
Mas, atualmente, o que há de melhor ainda em termos de regime de governo é a democracia.
O legado dos gregos diz respeito ao fato de que só a razão levará a um lugar seguro, enquanto os instintos devem ser dominados pela inteligência.
Para Platão, existe o mundo das ideias (filosofia e razão) e o nosso mundo sensível, portanto, uma dicotomia.
Para ele, quando uma pessoa se torna filósofo, adquire cultura e erra pouco.
Para Aristóteles, não adianta ser um filósofo, pois só com o passar dos anos as virtudes podem se tornar rotineiras na vida da pessoa.
Para Platão, nós nos recordamos do que aconteceu no passado, essa seria a ideia de educação, ou seja, aprender é recordar.
Para Aristóteles, aprender o conhecimento seria praticar com habitualidade as virtudes e para ele, sempre o melhor caminho é o do meio.
Na “Ilíada” de Homero, no primeiro texto, vem à tona a épica Guerra de Troia, ocasião em que aparece o primeiro “júri” escrito na forma poética: o julgamento de Orestes.
É legado dos gregos o “in dubio pro reu” (é uma expressão latina que significa “na dúvida, em favor do réu”). Orestes foi uma das personagens mais importantes da mitologia grega e é posto em liberdade por esse princípio jurídico.
A vida grega era uma ode à vida e se não fosse o pensamento grego não teríamos filosofia.
Os gregos revolucionaram a forma de estar no mundo.
Filosofar é o maior ato de discordância!
“É sem dúvida mais fácil enganar uma multidão do que um só homem.”
Heródoto (484 a.C. – 425 a.C.), historiador grego.