Falar de amor, não significa tentar defini-lo. Afinal, algo tão profundo, torna-se praticamente impossível de ser descrito.
Mas há como senti-lo e, analisando esses sentimentos, conseguir diferenciá-lo de outros que, normalmente, são confundidos com ele. Para facilitar essa distinção, deve-se avaliar seus sentimentos de forma simples e clara.
Basta que responda a seguinte pergunta:
Há paz no que sinto?
Se não traz paz, não é amor.
O amor verdadeiro não é egoísta, não quer por querer, não coloca regras, não machuca, não perturba, enfim não provoca dor. Um sentimento tão sublime, só pode fazer bem e desejar o bem do outro, mesmo que não esteja compartilhando a vida com ele. Parece utópico, mas é o verdadeiro sentido do Amor. Afinal, quem ama, ama algo ou alguém. Percebam que é um sentimento exteriorizado, doado e, portanto, não faz sentido o “amar se” for correspondido da mesma forma.
Se há condição, deixa de ser amor e passa a ser capricho. Deixa de ser amor e passa a ser satisfação do Ego.
Mas onde entra o amor-próprio, então?
O conceito de amor-próprio, tem sido deturpado com um desejo vulgar de se sentir superior a alguém. Eis a minha definição de amor-próprio:
“O verdadeiro amor-próprio é a conquista do equilíbrio entre corpo, mente e energia, visando o bem-estar pessoal e que faz parte do nosso instinto de preservação da vida.”
Em suma, amar a si mesmo, é cuidar-se, diariamente, valorizando sua existência como o maior presente divino. Concordam?
Pretendo dar sequência, nessa coluna, a outros tópicos envolvendo amor. Seja amor romântico, ou os que envolvem relacionamentos familiares. Principalmente, apontando o que, em consultório, descobri ser objeto de dor e enganos.
Vamos juntos, nessa jornada?
Ana Toledo é Psicanalista, com extensão em Neuropsicologia e Emoções (PUC-SP) e Terapia Cognitivo Comportamental (EEPHCFM da USP).
Sócia-proprietária do Instituto Noese.
Escritora e Palestrante, é autora dos livros “Por que o Amor Foge de Mim?” e “Dos centros de força ao caminho da felicidade”, e Co-Criadora do “Método O Ciclo” de performance emocional.