Ao usar este site, você concorda com a Política de Privacidade e os Termos de Uso.
Aceitar
  • Home
    • Conheça o Orbisnews
  • Autores
  • Blog
  • Categorias
    • Administração
    • Brasil
    • Cultura
    • Clima
    • Economia
    • Educação
    • Esportes
    • Família
    • História
    • Jornalismo
    • Justiça
    • Meio Ambiente
    • Mobilidade
    • Mundo
    • Política
    • Saúde
    • Segurança
    • Tecnologia
    • Turismo
  • Contatos
    • Assessorias de imprensa
    • Saiba Como Divulgar Artigos no Orbisnews
Lendo A Crise Energética em São Paulo e o Debate sobre a Concessão da Enel: Privatização e os Desafios da Gestão Pública. Por Walter Ciglioni
Compartilhar
0 R$ 0,00

Nenhum produto no carrinho.

Notificação
Redimensionador de fontesAa
Redimensionador de fontesAa
0 R$ 0,00
  • Home
  • Blog
  • Planos-de-assinaturas
  • Contatos
  • Home
    • Conheça o Orbisnews
  • Autores
  • Blog
  • Categorias
    • Administração
    • Brasil
    • Cultura
    • Clima
    • Economia
    • Educação
    • Esportes
    • Família
    • História
    • Jornalismo
    • Justiça
    • Meio Ambiente
    • Mobilidade
    • Mundo
    • Política
    • Saúde
    • Segurança
    • Tecnologia
    • Turismo
  • Contatos
    • Assessorias de imprensa
    • Saiba Como Divulgar Artigos no Orbisnews
Tem uma conta existente? Entrar
Siga-nos
  • Advertise
© 2024 ORBISNEWS | Todos os direitos reservados.
> Blog > Categorias > Meio Ambiente > Energia > A Crise Energética em São Paulo e o Debate sobre a Concessão da Enel: Privatização e os Desafios da Gestão Pública. Por Walter Ciglioni
EnergiaSocial

A Crise Energética em São Paulo e o Debate sobre a Concessão da Enel: Privatização e os Desafios da Gestão Pública. Por Walter Ciglioni

Walter Ciglioni
Ultima atualização: outubro 17, 2024 4:51 pm
Por Walter Ciglioni 8 leitura mínima
Compartilhar
Compartilhar

A concessão de energia elétrica em São Paulo, atualmente nas mãos da multinacional italiana Enel, está no centro de uma disputa política e social de grande proporção. A crise energética que assolou a cidade após o temporal de 11 de outubro de 2024, deixando mais de 1,5 milhão de domicílios sem eletricidade, evidenciou falhas graves na prestação do serviço e reacendeu o debate sobre a eficácia da privatização de serviços públicos essenciais. Em meio ao apagão, a paciência dos moradores atingiu o limite, e as críticas à concessionária e ao modelo de gestão privatizado se intensificaram.

Atualmente, mais de 36 mil imóveis permanecem sem energia na região metropolitana, com bairros inteiros de São Paulo enfrentando dias de incerteza. A situação gerou protestos em diversas localidades, como São Bernardo do Campo e zonas da periferia da capital, onde moradores bloquearam vias em demonstração de indignação pela demora na restauração da energia elétrica. Comerciantes e empresários contabilizam prejuízos bilionários, com estimativas da Fecomércio apontando perdas de R$ 1,65 bilhão em apenas três dias. Hotéis, bares e restaurantes, que dependem de um fornecimento estável de eletricidade, relatam perdas severas. Um exemplo foi o restaurante Praça de Minas, que teve um prejuízo de R$ 80 mil em produtos perecíveis.

Essa crise, no entanto, vai muito além de uma falha operacional causada por um evento climático severo. Ela é o reflexo de um problema estrutural que vem se desenrolando há anos e que expõe a fragilidade do modelo de concessão privada. Desde que a Enel assumiu a distribuição de energia em São Paulo, o serviço tem sido alvo de inúmeras reclamações e investigações por parte das autoridades, como o Tribunal de Contas do Município (TCM-SP), que já apontou “graves falhas” nos investimentos e na qualidade do atendimento. Além disso, a Enel acumula multas milionárias aplicadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), algumas das quais ainda pendentes de pagamento devido a batalhas judiciais. Desde 2018, a empresa recebeu R$ 320 milhões em multas, o que evidencia um histórico contínuo de problemas na prestação do serviço.

Diante desse cenário, surgem questionamentos fundamentais: até que ponto a privatização de serviços públicos essenciais, como o fornecimento de energia elétrica, é uma solução viável? A experiência recente em São Paulo sugere que a privatização, quando mal regulada e sem um acompanhamento rigoroso, pode agravar problemas que já são inerentes à gestão pública. A lógica da eficiência que fundamenta a defesa das privatizações, sobretudo com a promessa de melhores investimentos e agilidade, nem sempre se concretiza na prática, como se observa no caso da Enel.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), foi um dos primeiros a levantar a possibilidade de rompimento do contrato de concessão com a Enel. Ele sugeriu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) poderia intervir e encerrar o contrato, numa espécie de encampação dos serviços. Porém, o Professor Antônio Cecílio Moreira Pires, advogado e chefe do núcleo de Direito Administrativo e Ambiental da Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie, explica que a questão é muito mais complexa que uma simples “canetada”. O professor ressalta que, “afora a intervenção, em razão de prestação de serviço público inadequado, parece-nos que seria o caso de rescindir o contrato de concessão, mediante declaração de caducidade, que se constitui em procedimento complexo, observado o devido processo legal”.

Há precedentes no Brasil de rompimento de contratos de concessão de energia. Um caso emblemático ocorreu no Amapá, onde a Aneel recomendou a caducidade da concessão da Companhia Energética do Amapá em 2007. Outro caso recente envolve a Amazonas Energia, que em 2023 também foi alvo de uma recomendação da Aneel para caducidade, devido a problemas financeiros e incapacidade de gerir recursos. No entanto, esses processos são extremamente lentos e onerosos para a União, com estimativas de que o rompimento do contrato da Amazonas Energia custaria aos cofres públicos R$ 2,7 bilhões.

Assim, a situação de São Paulo levanta a questão: mesmo que o contrato com a Enel vá até 2028, é possível que uma eventual abertura de um processo de caducidade termine muito perto da data de vencimento do acordo, tornando o rompimento menos eficaz. E, nesse contexto, cabe perguntar se a solução ideal seria a reestatização do serviço ou uma revisão completa das condições de concessão e fiscalização por parte das agências reguladoras.

A Aneel, por sua vez, afirma estar conduzindo uma “apuração rigorosa e técnica” sobre a atuação da Enel em São Paulo, mas a população continua a sofrer com as consequências de um serviço falho. O Procon já notificou a empresa e, se as explicações forem insatisfatórias, a Enel pode enfrentar multas de até R$ 12 milhões. Além disso, o Ministério Público e a Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) também abriram investigações para apurar possíveis irregularidades e omissões por parte da concessionária.

A crise atual expõe, mais uma vez, os dilemas de se confiar a empresas privadas a gestão de serviços que são essenciais para a sociedade. A experiência com a Enel levanta sérias dúvidas sobre a capacidade de empresas estrangeiras em gerir de maneira eficiente setores estratégicos, como o de energia, em países com complexidades geográficas e climáticas como o Brasil.

Por fim, a situação atual coloca em xeque a narrativa de que a privatização de serviços públicos, em especial no Brasil, seria sempre sinônimo de modernização e eficiência. Enquanto as autoridades e a própria Enel debatem responsabilidades, a população paulista segue sem respostas claras e, mais importante, sem energia. O modelo de concessão precisa de uma revisão urgente, com mais transparência, fiscalização rigorosa e punições adequadas para evitar que crises como essa se repitam.

A reflexão que se impõe, portanto, é se a privatização da infraestrutura de serviços essenciais, como a energia, realmente beneficia a população ou se, ao contrário, coloca os interesses financeiros acima das necessidades básicas de milhões de brasileiros.

Walter Ciglioni
Presidente do Minha Escola é o Canal, projeto da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. Graduado em Jornalismo e Relações Públicas, Vice-Presidente da TV Aberta de São Paulo, integrante na OABSP nas Comissões de Cidadania e Formação Política, Governança e Integridade e Infraestrutura, Logística e Desenvolvimento Sustentável. Pós-Graduando em Gestão Pública pela UniDrummond, foi candidato ao governo de São Paulo em 2014.

Você também pode gostar...

A Difícil Jornada dos Jovens no Brasil de Hoje. Por Ricardo Cavalcanti

Dia da Indústria. Por Almir Pazzianotto

A distância, à distância. Por Marli Gonçalves

É mais fácil colocar a culpa nos porteiros. Por Jorge Lordello

Curriculo anabolizado e a demissão por justa causa. Por Jorge Lordello

MARCADO:ENELEnergiaSão Paulo
Compartilhe este artigo
Facebook Twitter Whatsapp Whatsapp LinkedIn Telegram Email Print
Compartilhar
Por Walter Ciglioni
Jornalista Vice Presidenteda tv Aberta de SP
Artigo Anterior Os piratas da Enel. Por Mauro Ramos
Próximo Artigo Sociedade por cotas de responsabilidade ilimitada. Por Almir Pazzianotto
Deixe um comentário Deixe um comentário

Clique aqui para cancelar a resposta.

Acesse para Comentar.

Fique conectado!

FacebookLike
TwitterSeguir
InstagramSeguir
- Publicidade -
Ad image

Últimos artigos

A Festa do Ridículo. Por Ricardo Sayeg
Autores de Q a R Política
Será possível transformar este País? Por Elizabeth Leão
Autores de E a F Direito
Quer um País melhor? Por José Crespo
Autores de I a J Política
O Brasil tem constituição ? Por Paulo Costantini
Autores de O a P Política

Você pode gostar também

Autores de M a NJornalismoSocial

Memórias, para o que te quero. Por Marli Gonçalves

maio 19, 2025
Autores de O a POpiniãoPolíticaSocial

Melhor não saber como são feitas as salsichas e as leis. Por Paulo Pandjiarjian

maio 19, 2025
Autore de A a BPsicologiaSaúdeSocial

Bebê Reborn: O Impacto da Busca pelo Controle Emocional. Por Bruna Gayoso

maio 16, 2025
Autores de C a DPsicologiaSaúdeSocial

A mente em colapso digital: Como o Doomscrolling está adoecendo você em silêncio. Por Cristiane Sanchez

maio 15, 2025

Receba nossos artigos.

Fique por dentro das opiniões mais importantes que influenciam decisões e estratégias no Brasil.

Siga-nos
© 2025 ORBISNEWS | O maior portal de artigos do Brasil. Todos os direitos reservados.
  • Advertise
Bem vindo de volta!

Faça login em sua conta

Perdeu sua senha?