A discussão sobre a insegurança pública que assola os principais centros urbanos do Brasil, tem se tornado um tema recorrente na mídia e nos círculos econômicos e sociais. É difícil encontrar uma pessoa que já não sido vítima de um crime ou que tenha amigos ou parentes que não tenham sido vítimas de violência.
Na cidade de São Paulo o risco é alto e se você não conhecer bem os lugares será alvo de criminosos. Seus moradores têm informalmente um manual de sobrevivência para circular a pé, de carro ou no transporte público, seja na periferia ou nas áreas centrais.
Celular visível no centro, na região da avenida Paulista, é se tornar alvo preferencial de ladrões que dominam todas essas regiões. A cada dia, cada ano a situação só se agrava com um clima de medo de seus moradores e visitantes.
Diante de tal situação as polícias são cobradas, esquemas e operações são implantados e os resultados não têm a eficácia esperada. Estamos num momento complicado na nossa convivência social. A maioria tem medo e sofre com a criminalidade.
É preciso investigar, prender e punir, como se faz em qualquer país minimamente civilizado. No entanto, vem prevalecendo a ideia de uma parte diminuta da sociedade que imputa essa violência a nossa sociedade extremamente desigual. Ou seja, o criminoso é apenas fruto dessa disparidade econômica e social e não deve ser penalizado.
Afirmo com a certeza de quem trabalha muitos anos na reportagem que pobre não é criminoso e pobreza não é salvo-conduto para tantas atrocidades.
Nesta semana assisti uma entrevista do Secretário Adjunto de Segurança de São Paulo, delegado Osvaldo Nico Gonçalves, no programa Pânico da Jovem Pan, e ao ser indagado sobre essa criminalidade e as medidas que vem adotando, ele respondeu num tom de desabafo;
“Nós prendemos, mas logo esses criminosos estão de volta às ruas. Nosso trabalho tem sido enxugar gelo.”
Será que não está na hora de nossos políticos e a Justiça ouvirem os reclamos da população e da polícia.
A quem nos resta pedir ajuda. Nós integrantes dessa sociedade amedrontada clamamos por SOCORRO.