O Brasil foi escolhido pela ONU para o grande encontro dos 197 países empenhados em adaptar as cidades para os fenômenos climáticos extremos. É a mais importante reunião ambiental do planeta. E será em Belém do Pará, em plena Amazônia.
Mas o cataclismo climático, gerado pela insensatez humana, atinge não só a floresta, mas também a zona urbana. E a maior cidade do país tem questões sérias a enfrentar: a emissão dos gases do efeito estufa, a energia estacionária e o malefício do excessivo desperdício de resíduos sólidos.
São Paulo encara o desafio de maneira ousada e ambiciosa. Está eletrificando a frota de ônibus, em paralelo com a utilização do biometano produzido pelos resíduos orgânicos. Adota práticas de eficiência energética e procura implementar políticas de reciclagem e de redução dos descartes.
Com o intuito de sensibilizar a população, promove durante todo este ano de 2025, eventos de motivação. Que culminarão às vésperas da COP30, prevista para o período de 10 a 21 de novembro.
Dia 31 de outubro, dia das Cidades, o grande encontro será na Adesampa, rua Sumidouro, onde havia um incinerador de lixo. Dias 4 e 5, evento partilhado entre os governos estadual e municipal e o empresariado, no Parque Villa Lobos. Entre 6 e 8, outra programação consistente, na Cidade Universitária da USP.
Além disso, muitos plantios de árvores ocorrerão em toda a cidade, pois é a melhor forma de atenuar a temperatura e de reequilibrar o regime de chuva, tão necessário à qualidade de vida de todos. Procure também plantar ao menos uma árvore.
É a oportunidade de todos os paulistanos se inteirarem da situação atual da Terra, saber o que isso significa e assimilar padrões de comportamento compatíveis com as urgências impostas pela enfermidade do planeta, por nós mesmos causada.
Procure se interessar pela COP e fazer sua parte. O amanhã e as futuras gerações dependem de nossa postura no dia de hoje.
*José Renato Nalini é Secretário-Executivo de Mudanças Climáticas de São Paulo.