Podemos ser um excelente redator, mesmo sem o talento de Clarice Lispector ou de Rui Barbosa, isto é, simplesmente escrevendo pequenos textos do cotidiano profissional.
Sem dúvida, ter uma formação escolar sólida é fundamental para escrever bem na vida adulta.
Mas aqueles que não tiveram um bom preparo educacional não estão fadados ao fracasso.
Porém, terão um caminho mais longo e difícil para escrever bem.
Em um país que lê pouco, as dificuldades para escrever bem acontecem entre profissionais de várias áreas.
Primeiramente, a condição fundamental para escrever bem é amar a sua língua.
Um bom escritor é um magnífico leitor, mas não faz isso apenas para cumprir uma obrigação.
Ele sente prazer com os livros, ama o conhecimento, liberta sua imaginação, e formula sua própria interpretação sobre o texto.
Um bom escritor tem dúvidas, mas quer resolvê-las para escrever cada vez melhor.
Existe um hábito valioso para quem escreve que é reler o texto para obter uma análise paciente e atenta do que foi redigido.
Há um mito que escrever bem é escrever “difícil” com expressões rebuscadas e estruturas complexas.
Porém, essa afirmação é um enorme engano, pois a qualidade de um texto está no seu poder comunicativo.
Buscar a simplicidade é o máximo ao escrever!
Mais do que o domínio da língua, a boa escrita indica raciocínio bem estruturado, bom nível cultural, zelo e atenção a detalhes, características altamente valorizadas pelos clientes e organizações.
Portanto, escrever bem é um importante diferencial para qualquer profissional e também, uma obrigação, pois a língua deve ser sempre respeitada.
“A escrita é a pintura da voz; quanto maior a semelhança, melhor ela é.”
Voltaire (1694-1778) foi um dos mais proeminentes pensadores do Iluminismo.