Houve uma campanha em Pernambuco, na qual me elegi deputado estadual. que o nosso saudoso Marcos Freire, candidato a senador,- um dos 16 senadores do MDB dentre os 22 eleitos na eleição de 1974 que abalou a ditadura militar – usou como lema da jornada “Sem Ódio e sem Medo”. Combatíamos a ditadura militar. Tenho portanto, uma longa estrada percorrida e nunca, desde lá, me faltou coragem e não será agora que faltará.
Lembro tal fato, como abertura de uma resposta a um cidadão que no X inconformado com as críticas que faço as política de relações internacionais desastrosas do governo do Presidente Lula e que busca romper com uma bem sucedida e duradoura – com pequenos hiatos de retrocesso – relações exteriores, comandada pelo Itamaraty, “independente, de defesa da democracia e de povo amante da paz” ._ Não satisfeito de usar de certa agressividade culmina é dizer que estou sendo covarde nas contestações como oposicionista que sou. E ai vai a resposta ,
Você, senhor apoiador do governo, esta profundamente enganado.
Sem ódio e sem medo enfrento como um homem de esquerda – de honrada origem, no honrado PCB – uma esquerda lulopetista hegemônica que se perdeu no tempo e parece não ter visto a queda do muro de Berlim e nem a derrota do socialismo real com fim da URSS. Ainda defende ditaduras sem perspectivas históricas alguma – que nos seus estertores promovem a distribuição da pobreza e “onde falta quase tudo, em especial a esperança” como disse o grande escritor cubano, Leonardo Padura em relação a Cuba, e o mesmo acontece na Nicarágua e Venezuela.
E jogam fora as raízes iluministas junto com a liberdade e fraternidade inclusive apoiando execráveis ditaduras de corote fascista como a de Putin na Rússia e fundamentalistas religiosas prenhe de preconceitos de toda ordem e em particular de total misoginia como a iraniana dos aiatolás. Sem falar nos velados apoios de uma minoria e amplos de uma maioria, aos movimentos terroristas “jihadistas” nome que traduzido é “guerra santa”
Por fim, Lula não irá a Venezuela para a posse do tirano Maduro mas se fará representar o que é um erro. Se o corpo diplomático for convidado pelo regime e como temos relações com a Venezuela – que devemos manter – a nossa Embaixadora se fará presente. Desta forma não há rompimento de relações, se cumprirá com a liturgia diplomática e se resguardará uma minima dignidade política de não render homenagem se fazendo representar na posse de um tirano.
Tal gesto será o suficiente para que democracia não se torne palavra oca e destituída de significado no governo brasileiro.