Vamos revolucionar as políticas públicas de educação na cidade de São Paulo e incentivar a interatividade dos alunos com a rede mundial de computadores como ferramenta de auxílio à educação e à comunicação em linguagem atual e direta.
Walter Ciglioni
São Paulo é uma cidade com uma estrutura social diversificada e complexa, tornando-se um local fértil para a análise das desigualdades educacionais. A cidade apresenta um contínuo de riqueza e pobreza, com uma vasta gama de posições intermediárias, todas demandando acesso à educação de qualidade. As desigualdades sociais refletem-se diretamente nas oportunidades educacionais disponíveis para diferentes grupos sociais.
O novo Plano Municipal de Educação (PME) da cidade de São Paulo propõe diversas medidas para enfrentar essas desigualdades e melhorar a qualidade da educação.
Aumento do Financiamento: O plano destina 33% dos impostos e repasses para a educação, um aumento em relação aos 31% atuais. Isso representa um compromisso claro com a melhoria da qualidade da educação na cidade.
Ampliação do Atendimento de Crianças de Zero a 3 Anos: O PME visa garantir atendimento a 75% das crianças dessa faixa etária ou 100% da demanda registrada, o que for maior. Isso vai além das metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação (PNE), que estipula vagas para 50% das crianças até o final da década.
Redução do Número de Alunos por Sala: O plano prevê a diminuição significativa da relação entre o número de alunos por educador, especialmente nos Centros de Educação Infantil, após a universalização do atendimento.
Aperfeiçoamento da Gestão Democrática da Educação: A implementação dos Conselhos Regionais de Representantes dos Conselhos de Escola (CRECE) visa promover uma gestão mais democrática e participativa, respeitando as diferenças entre as regiões do município.
Valorização dos Profissionais do Magistério Público: O PME estabelece estratégias para respeitar 1/3 da jornada de trabalho dos professores para formação e planejamento, além de metas para formação inicial e participação em cursos de pós-graduação.
Além das estratégias específicas do PME, outras propostas foram sugeridas para melhorar a educação em São Paulo:
Escola em Tempo Integral: Proporcionar escolas em tempo integral com bibliotecas e laboratórios modernos, abertas nos finais de semana.
Interatividade e Tecnologia: Promover a interatividade através de projetos como “Minha Escola É o Canal” e esportes interescolares.
“a realização do projeto ‘Minha Escola é o Canal’ pode revolucionar as políticas públicas de educação e incentivar a interatividade dos alunos com a rede mundial de computadores como ferramenta de auxílio à educação e à comunicação em linguagem atual e direta.
Serviços de Saúde e Cidadania: Implantar consultórios dentários e reintegrar a matéria de Educação Moral e Cívica no currículo.
Valorização dos Professores: Aumentar o salário dos professores para melhorar a qualidade do ensino.
Essas propostas buscam não apenas a melhoria da infraestrutura educacional, mas também o bem-estar geral dos alunos e a valorização dos professores, essenciais para uma educação de qualidade.
A análise das desigualdades educacionais em São Paulo mostra que a cidade possui uma distribuição de matrículas e recursos educacionais fortemente influenciada pela posição social das famílias. Regiões com maior renda e escolaridade têm maior proporção de matrículas na rede privada, enquanto áreas de menor renda e escolaridade dependem predominantemente da rede pública. A hierarquia educacional é mantida e reforçada ao longo dos níveis de ensino, culminando no acesso desigual ao ensino superior.
A expansão educacional nas últimas décadas do século XX trouxe melhorias, mas também manteve as desigualdades, resultando em uma “democratização quantitativa” que não reduz as distâncias entre os grupos sociais. As estratégias familiares para garantir melhores oportunidades educacionais incluem a escolha de escolas privadas ou determinadas escolas públicas, e a seleção de bairros com boas opções de escolarização.
Para enfrentar essas desigualdades, é necessário um conjunto de políticas públicas que garantam acesso equitativo à educação de qualidade, respeitando as diferenças regionais e sociais e valorizando os profissionais da educação..
Walter Ciglioni
Presidente do Minha Escola É o Canal projeto da secretaria da educação do estado de São Paulo
Graduado em jornalismo e Relações Públicas e Vice-Presidente da TV Aberta de São Paulo integrante na OABSP nas Comissões de CIDADANIA E FORMAÇÃO POLÍTICA, GOVERNANÇA E INTEGRIDADE e INFRAESTRUTURA, LOGÍSTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, Pós Graduando em Gestão Pública pela Uni Drummond e em 2014 Candidato a Governador do Estado de São Paulo.