Todos nós somos mortais.
A única coisa que podemos ter certeza quando nascemos é que um dia, mais cedo ou mais tarde, a vida se finda.
Esse é o grande dilema existencial do ser humano.
Há pouco se foi uma pessoa de grande estatura: o Papa Francisco.
Não só por ser o chefe da religião católica, por ser o chefe de Estado do Vaticano, por liderar 1,4 bilhão de católicos ao redor do mundo.
Mas, principalmente, por sua postura e suas posições pessoais.
Francisco tinha uma linha de conduta de pregar e praticar a simplicidade, a humanidade, a solidariedade, o compromisso com os demais desvalidos.
Francisco enfrentou a pesada máquina da Cúria Romana, com suas tradições e dogmas, já superados pela realidade do mundo atual.
Adaptou os ritos e as regras católicas aos tempos de hoje, na medida de suas forças e apoios.
Trouxe a Igreja para mais próximo do que Cristo pregava.
“Quem sou eu para julgar”? Foi a frase que disse sobre os homossexuais.
Trouxe mulheres para dentro da Cúria Romana, em cargos de mando.
Pregou a Paz o tempo inteiro, mostrando o quanto a guerra é ignóbil.
Condenou o terrorismo, o fanatismo, o fundamentalismo, se aproximando de todos os credos e todas as raças.
Ultrapassou fronteiras ideológicas, mostrando o quanto a polarização é tóxica para a existência humana.
Criticou o tempo inteiro a usura, a concentração de renda, a desigualdade social, a fome e a miséria.
Pregou o acolhimento aos imigrantes, e aos flagelados e exilados.
E por cima de tudo defendeu e militou na causa do Planeta.
A insistência na preservação ambiental e climática foi para ele um mote de vida.
Francisco tinha paixão pela existência humana.
Fez o que pôde nesse mundo transtornado pelas mazelas da humanidade.
Derrubou muros e construiu pontes dentro das limitações de um Papa.
Francisco se foi!
Francisco fica em nós, pelo seu exemplo!
Viva Francisco, o Papa!