Para o filósofo grego Aristóteles (384a.C.-322a.C.) na sua obra “A Política”, a demagogia seria como a corrupção da democracia, assim como a tirania corresponderia à corrupção da monarquia.
A demagogia pode estar também, entre comunicadores, artistas, professores, jornalistas, esportistas e assim por diante.
No âmbito da política, a demagogia significa manipular as massas, falando o que querem ouvir. Portanto, nesse caso, demagogia tem conotação pejorativa.
Muitas vezes, as promessas dos políticos não são cumpridas!
Geralmente, seus discursos são repletos de “palavras de ordem” e linguagem simples para atingir realmente as massas.
Os demagogos são pessoas com grande apelo popular que ajustam sua moral e ética de acordo com os seus interesses (sem valores sólidos), usam de argumentos apelativos, fazem uso de táticas de distração por meio de comentários aleatórios para fugir de questões importantes, adoram bajular para conquistar as pessoas por intermédio de elogios vazios, criam mentiras para prejudicar adversários e têm um discurso sem relevância, com palavras consideradas eruditas com intuito somente de impressionar o outro.
Na verdade, a demagogia é uma dominação sobre o povo!
Os demagogos conseguem sucesso ao atuar na sociedade!
É cômodo pensar que o problema são os políticos, o sistema político e os partidos.
Na realidade, até que ponto a sociedade tem ética e até que ponto é uma vítima das circunstâncias?
Numa democracia, a classe “política” corrompida, com certeza, não se originou de uma sociedade virtuosa.
E os nossos políticos refletem a realidade da sociedade!
Portanto, não é surpreendente que uma nação repleta de vícios produza uma “classe política” moralmente corrupta.
A atitude elogiosa numa sociedade saudável seria a participação da coletividade na comunidade.
Mas o que acontece, lamentavelmente, é que a “pessoa do bem” é aquela que não se envolve com assuntos “políticos”, não se candidata ou nem faz parte de nenhum governo.
O maior problema da discussão política no Brasil é a qualidade e a forma desse debate.
Ou seja, há falta de conhecimento no assunto pelas pessoas, pois não argumentam com propriedade e parece mais uma conversa “filosófica” de mesa de bar. Repetem bordões e slogans ideológicos e assim por diante.
Outro problema relativo ao vazio na discussão pela sociedade em relação às questões de cunho político é a falta de educação escolar.
O brasileiro não distingue “política” de “política partidária” que tem sua importância, obviamente.
Discutir política não é convencer o outro da sua posição, mas argumentar com propriedade, pois segundo Otto von Bismarck (1815-1898), estadista alemão, “a política não é uma ciência exata, mas uma arte”.
Enfim, é necessário pensar criticamente sobre os acontecimentos políticos, nossas instituições e nossas ações como cidadãos para nos protegermos dos oportunistas na política.
“O extremismo é tão fácil. Você tem a sua posição e é isso. Não precisa de muito pensamento. E quando você vai longe o suficiente para a direita encontra os mesmos idiotas chegando da esquerda”.
Clint Eastwood (1930), ator, compositor, diretor e produtor americano.