Um dos símbolos mais significativos de ostentação da sociedade tem sido os automóveis de luxo, especialmente os esportivos. As marcas que puxam a fila são Porsche, Ferrari, Lamboghini, Jaguar, Bentley, BMW, Mercedes Benz e Land Rover. Esses carros, quando em movimento pelas ruas chamam a atenção, tanto de motoristas de outros veículos, como, e, especialmente, de pedestres.
Estes últimos imaginam os felizardos que esbanjam a vida de luxo e mentalmente fazem seus cálculos sobre os preços desses veículos desejados. Velozes, de cores originais e com roncos de seus potentes motores parecem dar mais virilidade aos seus pilotos urbanos. Não faz muito tempo foi realizada uma pesquisa sobre o mercado brasileiro para esse tipo de divertimento de quatro rodas.
Os números chegam a impressionar. Esses carros têm no Brasil, mesmo com suas desigualdades econômica e social, um mercado de provocar espanto. Lojas especializadas nesse segmento chegam a formar filas de interessados, tal é a demanda por esses carros. A frota de carro de luxo por aqui só aumenta a olhos vistos. Bem, mas além de provocar todo esse furor pela sua magia, esses bólidos, também têm outra utilidade: são usados como meio para lavar dinheiro sujo.
Em outras palavras, eles se prestam para realizar operações fraudulentas e legalizar dinheiro que foge dos impostos, além de dar aparência lícita a crimes como tráfico de drogas e outros meios escusos. Aliás, esses casos estão ganhando espaço cada vez mais frequente na mídia nos últimos tempos. Basta sintonizar emissoras de TV, rádio ou mesmo na mídia impressa para se verificar as listas dos modelos e marcas dos veículos apreendidos. Lá estão, escancaradas, as marcas dos veículos que abrem este comentário.
Nem as marcas e nem os veículos não são responsáveis pelas falcatruas, mas estão lá e, convenhamos, não é bom! Não é bom porque pessoas de bem, abonadas, que desejam esses modelos, temendo serem associadas a essas delinquências, pensam duas vezes antes de obter um desses modelos. As operações policiais acabam apreendendo esses bens ( e também lanchas, lanchas e esquis aquáticos), com frequência e abrangência nacional.
A apreensão desse ativo financeiro sob forma de carros é uma estratégia para se chegar a criminosos acima de qualquer suspeita. Só para ratificar, há casos em que a quantidade dessas apreensões é tamanha que não há local para recolher esses veículos. Para resolver essa questão, as autoridades nomeiam pessoas para a função de fiel depositário, enquanto o processo judicial tramita.