Passei meu último final de semana em Santos. Como já disse outras vezes, não nasci naquela bela cidade por um triz. Mas continuo com o mesmo espírito praieiro de sempre.
Costumo fazer minha caminhada matinal por todas as praias relembrando momentos marcantes da minha infância e juventude. Os “rachas” na praia com qualquer número de jogadores incluindo o gol a gol, quando havia apenas dois moleques para jogar.
Lembrei também dos carnavais, do famoso Banho da Dorotéia, que reunia homens vestidos de mulheres que culminava com um mergulho no mar, de roupa e tudo.
E foi num carnaval que aprendi a fazer o “sangue de diabo”, uma mistura de álcool, amoníaco e um comprimido chamado Purgoleite. Era tudo misturado num garrafão de 5 litros com 95% de álcool, um vidrinho de amoníaco e dois comprimidos do Purgoleite. Colocado numa bisnaga, era jogada na roupa de alguém de preferência com roupas claras, provocando manchas vermelhas como sangue mas que desapareciam em segundos.
Pensei no Sangue de Diabo porque me ocorreu a ideia de uma traquinagem. Reunir um grupo para invadir a Praça dos Três Poderes e borrifar toda a casta que habita aquele troço chamado Plano Piloto.
Não machucaria nem mataria ninguém. Seria apenas o susto para as “otoridades”.
Mas que seria engraçado…
FRASE DE BOTECO
“Brasília é o desnecessário tornado irreversível”.
MILLÔR FERNANDES










