A humanidade vive hoje um enorme desafio. A “fotografia” do clima nas diversas regiões do mundo nos coloca em situação de perplexidade: incêndios proliferando em vários países, inundações em outros com chuvas torrenciais, seca nunca vista, ondas de calor intenso sufocando as pessoas, taxas negativas de temperatura em muitos pontos do mapa mundi…
E estas situações vêm se repetindo há vários anos e seguidamente.
Os cientistas se arrojam em diagnosticar e prever piores momentos.
O Painel Intergovernamental sobre o Clima da ONU (IPCC), acaba de divulgar seu Relatório tão esperado.
E as conclusões são catastróficas: há uma forte tendência de aumento da temperatura do planeta, fato este que levará à proliferação de inúmeras catástrofes na Terra.
Estamos lidando com o impacto de uma destruição climática anunciada na vida real e em tempo real.
O aquecimento leva a um maior derretimento do gelo e a água, em decorrência, despejada nos mares, pode elevar o volume de tal ordem cobrindo ilhas e cidades. Ainda, ameaça a estabilidade das correntes marítimas, responsáveis pela manutenção do regime de chuvas em nível global.
A versão anterior do texto do IPCC, em 2013, indicou que são os humanos a causa dominante do aquecimento do planeta desde 1950. Foram as conclusões daquele Relatório que levaram à assinatura do Acordo do Clima de Paris, em 2015, que obriga governos mundiais a limitar o aquecimento do planeta a, no máximo, 2ºC. e já estamos na COP28 sem muitas alterações.
O que fazer então para tentar minimizar esta situação?
Só há duas saídas: mudança de comportamento das pessoas/empresas para a redução das emissões do carbono e gases de efeito estufa e plantio obsessivo e intenso de árvores.
Enquanto isto, nossos jovens observam…
A próxima geração é a parte interessada mais importante e a mais afetada quando se fala sobre o nosso futuro global.
Segundo Klaus Schwab, fundador e chairman executivo do Fórum Econômico Global, quanto à limitação do aquecimento global, os jovens estão exigindo a suspensão da exploração, do desenvolvimento e do funcionamento de carvão, petróleo e gás, bem como pedindo às empresas que substituam quaisquer diretores corporativos que não estejam dispostos e engajados a fazer a transição para fontes de energia mais limpas.
Além de “suplicar” para evitar a queda absoluta da retirada de árvores em várias regiões do planeta…
Na cabeça dos jovens, vem uma indagação permanente: qual a minha idade em 2040, ou 2050, ou até na última metade do século quando todas estas catástrofes estão previstas ocorrerem?
E, assim, surgem as suas inquietações inerentes à possível viabilidade de vida na Terra!
Nossa “nave mãe” está doente e precisa ser tratada e acolhida de uma forma e direção para a sobrevivência futura das gerações.
Os jovens de hoje estão envelhecendo em um mundo assolado por crises.
Estamos vivendo juntos em uma aldeia global e somente com todos os objetivos da preservação ambiental, poderemos criar o clima necessário para um mundo pacífico e sustentável.
Neste momento especial, faça sua parte: recicle, preserve, cuide, plante, emita menos carbono, inspire!
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* Lívio Giosa – Coordenador Geral do Instituto ADVB de Responsabilidade Socioambiental (IRES) e Vice Presidente da ADVB – Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil