Este comentário, admito, é de alto risco. Pode ser que mesmo antes de ser publicado, o assunto já esteja, se não resolvido tecnicamente, pelo menos sem o suspense que vem criando durante mais de uma semana. Refiro-me ao desaparecimento do helicóptero Robinson R44, que além do piloto transportava mais três passageiros – duas mulheres e um homem. Partiu do Campo de Marte em direção à Ilha Bela na véspera do dia primeiro de janeiro. Depois de contratempo provocado pelas condições climáticas adversas devido à neblina e a Serra do Mar, o aparelho fez um pouso forçado. Em seguida levantou voo e nada mais se sabe sobre esse aparelho. Apesar dos esforços de profissionais de resgate, pessoal especializado da Marinha Brasileira, das polícias civil, militar e de muito espaço na mídia, tudo permanece sem resposta. Até este instante, 13h42, do dia 9 de janeiro, que se sabe é o que a imprensa vinha divulgado com grandes espaços, mas que agora parece ter se esquecido desse caso. Pelo que foi dado a conhecer, o helicóptero teria caído na Serra do Mar. Os entendidos do assunto e que trabalham com a missão de localização e resgate trabalham com a hipótese de que o aparelho caiu na floresta densa, de geografia irregular e de difícil acesso devido as chuvas e neblina. Grupamentos de resgate têm realizado incursões a pé, acompanhados de mateiros que conhecem a região, sem nenhum resultado. Será que não seria a hora de se pensar com mais foco, sobre a possibilidade desse aparelho ter caído no mar? A Marinha Brasileira está atenta, mas, vale o reforço: será que o mar não teria tragado esse aparelho? Vale dizer que casos assim ocorrem e nós temos vários exemplos, o mais marcante foi o que ocorreu com o aparelho que transportava políticos, que também caiu na mesma região, só que no mar. O aparelho foi localizado juntamente com a maioria das vítimas. O corpo do então senador Ulisses Guimarães, no entanto, jamais foi encontrado e o caso encerrado.
Pelo menos na história recente de acidentes aéreos similares não se tem conhecimento que um aparelho tenha desaparecido sem deixar vestígios mais tangíveis. Pelo menos até agora, esse Robinson R44 se transformou num helicóptero “fantasma”! Mas, essa é uma hipótese remota, especialmente se levarmos em conta os recursos da tecnologia a favor dos profissionais de salvamento. A resposta só poderá ser palpável e definitiva quando passageiros e a máquina voadora forem encontrados.
As famílias das pessoas envolvidas diretamente com esse acontecimento estão vivendo uma angústia muito grande, como de resto das pessoas que tentam acompanhar esse caso.
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Encontraram.