Quando falamos em dependência, é natural que boa parte das pessoas associem rapidamente ao perigo do vício em drogas ilícitas, como a maconha, cocaína, crack e etc. No entanto, é importante citarmos os dependentes em bebidas alcoólicas, ou seja, que fazem uso do álcool diariamente, além dos milhões de brasileiros que ingerem sistematicamente medicamentos controlados, conhecidos como tarja preta! E aquelas pessoas que comem de forma descontrolada alimentos excessivamente doces ou salgados por causa da ansiedade? Mais de 40% dos jovens brasileiros não conseguem ficar mais de um dia sem usar o celular. É considerado como viciado em smartphone o usuário que abre aplicativos mais de 60 vezes ao longo de um dia.
Maratonar seriados na televisão funciona como uma droga para o telespectador, o leitor não acha? Pesquisa da Universidade do Texas aponta que vício em seriados pode esconder sintomas de solidão e depressão. E a dependência de exercícios físicos que resulta em um comportamento incontrolável na prática de forma excessiva/exagerada.
Quem frequenta academia de ginástica já deve ter tido contato com alunos com físico avantajado que, na maioria, são dependentes de anabolizantes. Eles nunca estão satisfeitos com os resultados do momento, por isso precisam aumentar a dose dos remédios ou trocar por outros que prometem melhores resultados. E os que buscam, constantemente, por procedimentos estéticos para mudar alguma parte do corpo e nunca se sentem satisfeitos com a aparência. Quando esse desejo de mudança do aspecto físico se torna excessivo, podemos dizer que a busca por cirurgias torna-se uma jornada sem fim. E fazer uma tatuagem atrás da outra, pode ser considerado um vício? E aqueles que somente falam de política praticamente o dia todo. Entram em discussões acaloradas, rompem amizades antigas, acabam em vias de fato e alguns até matam para defender sua ideologia. E quando o laço que une duas pessoas se torna exagerado ao extremo, gerando estado de dependência e descontrole emocional. “Se você me deixar eu acabo com minha vida ou lhe mato”. E os jogadores compulsivos?
O mais interessante, é que o dependente, seja lá do que for, dificilmente reconhece a dependência, preferindo dizer ou se enganar, que está tudo sob controle.