“Estamos impondo um cerco total à Gaza. Nem eletricidade, nem comida, nem água, nem gás, tudo bloqueado”, disse Gallant em um vídeo, referindo-se à população desse território palestino, habitado por 2,3 milhões de pessoas.
“Estamos lutando contra animais e agimos em conformidade”, acrescentou Gallant.
Fundado em 1987, O Hamas é um movimento islamista palestino, de orientação sunita, constituído de uma entidade filantrópica (dawa), um braço político e um braço armado, as Brigadas Izz ad-Din al-Qassam. Especialmente ativo em Gaza, é o mais importante movimento islamista da Palestina. O Hamas responde a Israel.
Aproximadamente 2 milhões de palestinos, em Gaza, são reféns de Israel há mais de 10 anos. O ataque do Hamas usou de cerca de 1.000 militantes que infiltrarem-se no território israelita e mataram centenas de soldados e civis, e fizeram centenas de reféns.
O grupo islâmico é considerado terrorista pelos Estados Unidos e a União Europeia. Israel prometeu vingança, com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
O Hamas disse que estava preparado para todos os cenários. “As coisas vão mudar para sempre”, disse Kobi Michael, pesquisador do Instituto de Estudos de Segurança Nacional (INSS) em Tel Aviv.
Não há nada na história de Israel que se compare a este ataque, disse ele. A própria palavra “Hamas” é um acrônimo para “Harakat Al-Muqawama Al-Islamiyya” – que em tradução livre significa “Movimento de Resistência Islâmica”.
O grupo, tal como a maioria das facções e partidos políticos palestinianos, insiste que Israel é uma potência colonizadora e que seu objetivo é libertar os territórios palestinos das garras de Israel.
Ao contrário de algumas outras facções palestinas, o Hamas recusa-se a dialogar com Israel.
O depoimento do jornalista Guga Chacra – que é libanês – está nas redes sociais. “Cubro como jornalista há duas décadas o conflito entre israelenses e palestinos. Já fiz reportagens em Israel, Cisjordânia e em campos de refugiados no Líbano e na Síria. Entrei em Gaza um dia depois de um cessar-fogo.
Minha postura é de defender a solução de dois Estados, com Israel e Palestina vivendo em paz e segurança. Sempre condeno tudo o que for contra esse ideal de paz. Por este motivo, já condenei uma série de vezes a ocupação israelense dos territórios palestinos e também a violência de colonos na Cisjordânia.
Assim como condeno os atentados terroristas do Hamas. No sábado, terroristas mataram 900 israelenses. Essa ação, de uma magnitude e crueldade inédita, em nada contribui para a paz.
O Hamas é um grupo terrorista que apenas prega o ódio contra Israel e destrói o sonho de um Estado palestino em paz ao lado do israelense.”
É isso! Que a esperança de uma solução de paz permaneça entre nós! (…) (UOL)