Vai findando 2025!
Um ano difícil, num mundo onde a paz deu lugar ao espectro da guerra, a Mãe Terra teve sua natureza mais devastada e a luta das pessoas pela sobrevivência foi enorme.
É claro que houve boas notícias.
Sempre tem!
Mas no balanço geral, no quesito felicidade humana, 2025 deixou muito a desejar.
Se temos inteligência, agora até artificial já temos, se conseguimos entender e dominar os fenômenos naturais, se desvendamos mistérios todos os dias, por que a humanidade padece tanto???
Uma resposta complexa e fácil ao mesmo tempo.
A alma do bicho homem vive em luta com ela mesma. Tem a enorme dúvida existencial sobre a vida e um gigantesco desejo de poder e riqueza. Com isso perde o juízo. Agride a si próprio e aos que estão ao seu redor.
A pandemia de angústia ocupa 2025, acompanhada do avanço da degradação ambiental, dos eventos climáticos extremos e da desigualdade social crescente.
Dá para afirmar que os humanos estão vivendo o stress da espécie, talvez o maior e mais profundo que já viveu.
O que nós podemos esperar do Ano Novo?
Pelo andar da carruagem, não devemos ter grandes ilusões com 2026.
O stress da espécie humana não deve arrefecer, a destruição ambiental e climática vai continuar e a desigualdade social só aumenta nesse mundo.
Portanto, desejar Bom Ano Novo me parece um pouco temerário.
Mas por maior que sejam os percalços, nunca vamos desistir de buscar o mundo melhor! É a nossa teimosia histórica. É o nosso carma, nossa sina e destino.
Assim, desejo muita saúde, força, determinação, aqueles que como eu, não se conformam diante da violência, da criminalidade, da corrupção, da guerra, da fome e da miséria, do desrespeito e do preconceito, para que possam trabalhar e lutar no caminho de um degrau a mais para a felicidade humana.
Dizem que sem utopia a gente não vive.
Então, adentro 2026 carregando essa utopia de toda a vida!
Que venha o Ano Novo!!
Gilberto Natalini
Médico e Ambientalista










