Em toda a história das Copas do Mundo de Futebol (tudo começou em 1930 no Uruguai), a Seleção Brasileira nunca esteve numa situação tão desconfortável como a que vive agora, antes que a sétima e a oitava rodadas das Eliminatórias Sul-Americanas, sejam disputadas. O atual treinador da nossa seleção, o experiente Dorival Júnior, vai disputar pela primeira vez este torneio como treinador oficial da seleção. Seu antecessor, Fernando Diniz, que dirigiu o time em seis oportunidades, foi um vexame. Na estreia, ele até venceu Bolívia ( 5 a 1) e Peru (1×0). Mas, depois, Diniz só deu vexame. Empatou em casa com a Venezuela 1×1; perdeu para o Uruguai 0x2, em Montevidéu; perdeu para a Colômbia 1×2 (fora de casa) e para a Argentina 0x1 (em território brasileiro). Foi o bastante para que o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, o demitisse sem justa causa. Em seguida, Dorival Júnior, que estava no São Paulo, foi convidado para o cargo e aceitou. De lá para cá, ele disputou sete jogos pela seleção, e não perdeu nenhum. Enfrentou e venceu a Inglaterra, em Londres (1×0) e empatou em Madrid, com a .Espanha (3×3). Pouco antes da Copa América, nos Estados Unidos, venceu o México (3×2) e empatou com a seleção dos Estados Unidos (1×1). Todos esses jogos foram amistosos. Em seguida disputou mais três partidas oficiais, válidas pela Copa América 2024 (disputada em território norte-americano): empatou com a Costa Rica (0x0), venceu o Paraguai (4×1) e empatou com a Colômbia (1×1).
Fica evidente, portanto, que o presidente Ednaldo, da CBF, acertou em cheio ao colocar Dorival Júnior no comando da Seleção. Pelo menos, até agora, a escolha foi um sucesso.
Mas, e daqui para frente, quando o Brasil vai disputar mais 12 rodadas das Eliminatórias (que terminam em setembro de 2025), como se portará o atual treinador no comando da seleção? Vai conseguir recuperar o estrago feito por Fernando Diniz, ou vai passar pelo vexame de ser o primeiro treinador a não classificar nossa seleção para uma Copa do Mundo? Pelo retrospecto, ele tem tudo para fazer um bom trabalho e cumprir bem sua missão. Mas não pensem que será um trabalho fácil. Dorival ainda vai precisar definir todos os titulares de seu time base e dar um padrão de jogo definitivo à sua equipe (o que até agora não aconteceu). E ainda vai precisar, logo de cara, ganhar pelo menos quatro dos seis pontos que estarão em jogo diante de seus dois próximos adversários, Equador (em Curitiba) e Paraguai (em Assunção). Se isso não acontecer, seu futuro para concluir bem sua missão nesta disputa, estará seriamente comprometido. Detalhe: os dois próximos jogos do Brasil nas Eliminatórias vão acontecer nos próximos dias 6 e 10 de setembro. O mais difícil será contra o Equador (no estádio Couto Pereira, em Curitiba), que atravessa bom momento e pode surpreender o Brasil nessa partida. O segundo, mesmo na casa do adversário (Assunção) , nossa seleção parece mais qualificada para vencer.
Só como informação, vale a pena divulgar a tabela de jogos das sétima e oitava rodadas das Eliminatórias da Copa de 2026. Sétima rodada -dia 5 de setembro, quinta-feira, às 17 horas, Bolívia x Venezuela, em La Paz. Às 21 horas, Argentina x Chile, em Buenos Aires. Sexta-feira, dia 6, às 20h30 – Uruguai x Paraguai, em Montevidéu. Às 22 horas – Brasil x Equador, em Curitiba. Às 22h30 – Peru x Colômbia, em Lima. Oitava rodada – terça´feira, dia 10 de setembro – às 17h30, Colômbia x Argentina, em Bogotá. Às 18 horas- Equador x Peru, em Quito e Chile x Bolívia, em Santiago. Às 19 horas- Venezuela x Uruguai, em Caracas. Às 21h30 , em Assunção – Paraguai x Brasil. Antes destes jogos, a classificação geral das Eliminatórias Sul-Americanas está assim. Em primeiro lugar, isolada, Argentina, com 15 pontos ganhos. Em segundo, Uruguai, 13. A Colômbia tem 12. Venezuela, 9. Equador, 8. Brasil, 7. Paraguai e Chile, 5. Bolívia , 3. Peru, 2. Como se percebe, são dez seleções que jogarão partidas de ida e volta até 14 de setembro de 2025. O melhor ataque até agora é o do Uruguai, que marcou 13 gols em seis jogos disputados. A Argentina tem a defesa menos vazada: apenas 2 gols em seis jogos disputados. Seleção com mais vitórias – Argentina – 5. Seleções que mais empataram – Colômbia e Venezuela, 3 vezes cada. Seleção que mais perdeu – Bolívia, 5 derrotas em seis jogos disputados. No final das Eliminatórias, as quatro primeiras seleções estarão automaticamente classificadas para a Copa de 2026.