O tempo do consumismo desenfreado, quando as pessoas preferiam se desapegar de computadores, móveis, veículos, aparelhos de som ou outros objetos, simplesmente jogando no lixo acabou. Comprar objetos novos, mesmo pagando no cartão de crédito era a grande febre. Imperava a palavra de ordem:
“Viva o novo e abaixo o velho”.
Nestes novos tempos, mesmo com queixas e insatisfações generalizadas, por motivos dos mais diversos das pessoas, o ambiente é outro. É outro justamente para proteger esse mesmo ambiente onde todos vivemos.
Uma pesquisa recente realizada pela Second Hand Effect e apresentada pela OLX, empresa de classificados de produtos usados, voltada para o marketplace, tudo pode ser recuperado ou reciclado. Para dar consistência à essa nova realidade, Florence Scappini, vice-presidente de marketing do grupo OLX mata a cobra e mostra o pau:
“… não é porque um produto é usado para uma pessoa que não pode ser novo para outra”.
Florence Scappin
O processo de reciclagem, por exemplo, revelou que a adoção do reaproveitamento de “coisas velhas” evitou a emissão de cerca de 625 toneladas de CO2e no ar. Com isso o efeito estufa foi reduzido, claro que não na quantidade ideal, mas já é um bom sinal. Com isso a chamada economia circular faz a sua parte e mostra do que é capaz de fazer pela humanidade – essa missão e paradoxal porque tenta corrigir o que o próprio homem estragou. Agora, seria por demais relevante sensibilizar os ensandecidos geradores dos venenos espargidos no ar e nas águas a ofereceram suas contribuições e não manterem foco unicamente no lucro. Claro, a tecnologia está aí para ser usada a favor da humanidade e não o contrário. A chave dessa questão reside no fato de encontrar soluções sábias e sólidas cientificamente. De que adianta conquistar aparente benefícios, mas deixar um rastro de males para esta e para as próximas gerações?